A forte queda das ações da OGX, somada à realização de lucros em papéis importantes como Petrobrás e Vale, definiu o recuo de ontem da Bovespa. A Bolsa brasileira até chegou a pisar no território positivo, mas acabou bastante penalizada pela OGX, em meio à notícia de que a companhia não chegou a um acordo com seus credores j às vésperas do pagamento dos juros de bônus. O Ibovespa terminou aos 54.538,80 pontos, em baixa de 0,97%, sendo que a OGX respondeu por cerca de 80% da queda do índice. Após cair 24% ao longo do dia, a ação da petrolífera terminou em baixa de 20,69%, cotada a apenas R$ 0,23. Petrobrás ON teve baixa de 0,68% e Petrobrás PN cedeu 0,96%. No caso da Vale, o papel ON recuou 048% e o PNA teve baixa de 0,61%.
O recuo da Bovespa contrariou o cenário visto no exterior, onde os principais índices de ações da Europa e dos EUA encerraram em alta. Em Nova York, a divulgação de balanços corporativos bons e a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em sua decisão de hoje, manterá os estímulos à economia, sem alterações, sustentaram o movimento. O Dow Jones teve alta de 0,72%, aos 15.680,41 pontos, o S&P-500 avançou 0,56%, aos 1.771,95 pontos, e o Nasdaq subiu 0,31%, aos 3-952,34 pontos. Na Europa, a Bolsa de Londres subiu 0,73%, aos 6.774,73 pontos, a de Frankfurt avançou 048%, aos 9,022,04 pontos, e a de Paris teve ganho de 0,62%, aos 4.278,09 pontos.
Em sintonia com este cenário, o dólar sustentou ganhos ante o euro na maior parte do dia e também avançou ante divisas de países ligados a commodities. No Brasil, porém, a moeda norte-americana oscilou em margens bastante estreitas e sofreu a influência dos leilões de swap promovidos pelo Banco Central (operações equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Ontem, além da "ração diária" de 10 mil contratos, o BC colocou outros 20 mil no mercado para favorecer a rolagem dos contratos que vencem em 1° de novembro. Foi o quinto dia em que o BC fez leilão para rolagem. Após ter chegado a subir pela manhã, o dólar fechou cotado a R$ 2,1810 no balcão, em leve baixa de 0,05%. No mercado futuro, porém, a moeda para novembro encerrou com elevação de 0,28%, a R$2,1870, mais alinhada com o exterior.
No mercado de renda fixa, um movimento de liquidação de posições no fim da sessão fez as taxas dos contratos futuros de juros terminarem em leve alta, mas ainda muito próximas dos patamares de segunda-feira. A liquidez foi bastante reduzida, em um dia sem indicadores de maior peso. No fim, a taxa do contrato futuro de juros.com vencimento em janeiro de 2015 ficou em 10,52%, ante 10,51% da véspera.