Nas duas primeiras semanas, superávit somou US$ 236 milhões
BRASÍLIA Após dois meses seguidos de déficit, a balança comercial reagiu, registrando superávit de US$ 236 milhões nas duas primeiras semanas de março. O saldo é resultado de exportações que somaram R$ 5,734 bilhões e importações de US$ 5,498 bilhões no período, informou ontem o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
No somatório dos 46 dias úteis do ano, no entanto, o déficit acumulado é de US$ 5,079 bilhões. No mesmo período de 2012, havia um superávit de US$ 659 milhões. Em janeiro e fevereiro, os déficits foram de US$ 4,03 bilhões e US$ 1,27 bilhão, respectivamente. As exportações superaram as compras no exterior só na terceira semana de fevereiro.
O resultado positivo das duas primeiras semanas de março, no entanto, não garante que a balança fechará o mês no azul. Neste e no próximo mês, o governo precisa contabilizar US$ 2 bilhões de compras externas de petróleo e combustíveis realizadas pela Petrobras. As importações ocorreram no último trimestre do ano passado, mas só começaram a ser registradas este ano, graças a uma instrução normativa da Receita Federal, que deu mais tempo à estatal para registrar as importações. Em janeiro e fevereiro, elas provocaram um impacto negativo de R$ 2,4 bilhões na balança.
cai venda de manufaturados
Na média diária das duas primeiras semanas de março, as exportações ficaram em US$ 955,7 milhões por dia, um crescimento de 0,5% na comparação com a média de março de 2012. Houve aumento nas vendas de bens semimanufaturados (29,8%), com destaque para cobre, açúcar, ouro, ferro fundido, alumínio, couro e peles.
Por outro lado, recuaram 8% as vendas ao exterior de produtos manufaturados, no caso de produtos tais como aviões, bombas e compressores, máquinas para terraplanagem, pneumáticos, açúcar refinado e papel cartão.
No caso das importações, a média diária das duas primeiras semanas foi de US$ 916,3 milhões, aumento de 6,7% na comparação com a média do mesmo mês do ano passado. Cresceram, principalmente, as compras de adubos e fertilizantes, cereais e produtos de moagem, cobre e aparelhos eletroeletrônicos.