Bovespa está em compasso de espera por medidas de estímulo na Europa e nos EUA
São Paulo
Após passar a maior parte do dia de lado, a Bovespa conseguiu encerrar o pregão em alta, pela terceira sessão consecutiva. No compasso de espera por eventuais anúncios de estímulo à economia global vindos do encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve – banco central americana, que termina amanhã, e da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que se encerra na quinta-feira, faltou vigor por parte dos investidores para engatar uma alta mais vigorosa, prevalecendo movimentos pontuais de compra de ativos com preços mais atrativos para composição de carteira, com destaque para o setor siderúrgico, de construção e bancário.
Na última hora dos negócios, as ações da Petrobras ampliaram a alta e deram fôlego ao principal índice da Bolsa, que fechou na máxima, com alta de 1,22%, aos 57.240,92 pontos.
Esta é a maior pontuação desde 14 de maio (57.539,61). Na mínima, o índice foi aos 56.090 pontos (-0,82%). Com o resultado, a Bolsa acumula alta de 0,86% no ano e de 5,31% em julho, podendo encerrar este mês no azul, o que não acontece desde fevereiro.
O giro financeiro totalizou R$ 5,450 bilhões. Na avaliação do analista da Empiricus Research Rodolfo Amstalden, o mercado está em stand by desde sexta-feira, quando notícias deram conta de que o presidente do BCE, Mario Draghi, irá propor uma nova redução de juros e mais uma operação de refinanciamento de longo prazo do sistema bancário da zona do euro.
"Todo mundo quer ficar dentro da Bolsa esperando, ninguém quer perder um eventual rali", diz o economista.