Indicadores fracos de atividade econômica na China e na zona do euro pressionaram as bolsas mundiais nas primeiras horas de ontem. Ao longo do dia, o clima negativo perdeu força, com os investidores dando mais tempo para ver se as recentes medidas de estímulo anunciadas em sequência pela Europa, China, Estados Unidos e Japão de fato farão a economia mundial reagir. O Ibovespa acompanhou o movimento e passou a subir na última hora de pregão, ajudado pelas ações da Petrobras, encerrando em leve alta de 0,06%, aos 61.687 pontos.
Operadores não viram razões para a alta dos papéis da estatal, que chegaram a subir mais de 2%, mas perderam força no fechamento. Petrobras PN ganhou 1,14%, a R$ 22,93, enquanto a ação ON subiu 0,85%, a R$ 23,60. Na quarta-feira, as ações haviam recuado mais de 2%, o que sugere que o movimento de ontem foi uma correção técnica. O petróleo, que recuou 3,5% na quarta nos EUA, marcou nova baixa de 0,1%.
No acumulado da semana, a Bovespa mostra uma correção de apenas 0,67%, frente à alta de 6,5% da semana passada. "Nem dá para chamar de realização", pondera o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi. Para o especialista, a bolsa brasileira deve buscar os 65 mil pontos em breve, embora nesse momento esteja carente de novos fatos. Ele lembrou que nas últimas semanas os mercados subiram fortemente devido à ação conjunta da "cavalaria".
Galdi observa que a agenda de eventos desta sexta-feira é fraca, o que dificulta qualquer previsão sobre o rumo das bolsas. Além disso, haverá vencimento de opções e índices futuros nos mercados americanos, o que deve garantir grande volatilidade por lá.
Ontem, o índice Dow Jones recuperou as perdas do início do dia e fechou em leve alta de 0,14%, aos 13.596 pontos. Por outro lado, o S&P-500 caiu 0,05%, para 1.460 pontos, e o Nasdaq Composite recuou 0,21%, para 3.175 pontos, bem acima das mínimas do dia. Na Europa, o índice Stoxx 600 fechou em baixa de 0,15%, para 274,50 pontos.