A Fitch Ratings informou que o rating nacional de longo prazo da CCR, classificado como "AA+(bra)", não deverá ser afetado pela concessão do metrô de Salvador, recém-conquistada. Segundo a Fitch, o aporte de cerca de R$ 400 milhões a ser feito pela CCR, sendo R$ 200 milhões no momento da assinatura do contrato, "é relevante e deve enfraquecer temporariamente os indicadores de crédito consolidados". Apesar disso, o aporte não aumentará significativamente o risco de refinanciamento do grupo, considerado baixo neste momento - segundo a Fitch. Com a absorção do novo investimento, a alavancagem líquida consolidada deve se elevar de 2,3 vezes para 2,7 vezes, patamar "ainda adequado".
Hedge cambial na CCR
A CCR pode fazer um hedge (proteção) cambial para os investimentos no projeto do metrô de Salvador (BA). Segundo Flávia Godoy, da equipe de relações com investidores da CCR, a companhia ainda não decidiu se vai ou não comprar material rodante - como vagões e locomotivas - no exterior. Mas, caso compre, usará o instrumento do hedge, disse ela. Os investimentos da empresa são estimados pelo governo da Bahia em R$ 1,4 bilhão, aproximadamente. O contrato deve ser assinado em até 60 dias, informou a companhia.
Obras em rodovias
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou um novo cronograma de obras para seis concessionárias de rodovias, sendo cinco da Arteris (ex-OHL Brasil) e uma da BR Vias. As empresas enfrentavam processos administrativos da ANTT para "apuração de supostas infrações contratuais". O texto no Diário Oficial da União não deixa claro quais são as alterações, embora informe que, com a decisão, fica reprogramado o "cronograma físico financeiro das obras". Estão envolvidas na decisão da ANTT as concessionárias Autopista Litoral Sul, Autopista Fernão Dias, Autopista Planalto Sul, Autopista Fluminense, Autopista Régis Bittencourt (estas, da Arteris); e Transbrasiliana Concessionária de Rodovia, da BR Vias (grupo com participação da família Costantino, dona da Gol). Também foi aprovada a minuta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que obriga as concessionárias a cumprirem integralmente o chamado "Plano de Ação".
Vendas de papelão
As vendas internas de papelão ondulado subiram 2,9% em julho, na comparação anual, para 282,413 mil toneladas, segundo boletim estatístico divulgado ontem pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). Frente ao volume registrado em junho, com ajuste sazonal, houve crescimento de 2,24% no mês passado. Com o desempenho de julho, no acumulado do ano a expedição total de chapas, caixas e acessórios foi de 1,939 milhão de toneladas, uma alta de 3,71% na comparação com um ano antes.
Cade aprova OGX
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da parcela de 40% pertencente à Petrobras no Bloco BS-4, da Bacia de Santos, pela OGX, empresa de exploração de petróleo e gás do grupo EBX, do empresário Eike Batista. Mas foi determinada multa de R$ 3 milhões porque as empresas realizaram o negócio antes de o órgão antitruste analisar a operação. Como informou o Valor PRO na terça-feira, representantes da OGX procuraram integrantes do Cade nos últimos dias para renegociar o valor da multa que seria imposta. Com isso, a empresa propôs um acordo com a pena determinada no julgamento de ontem. Anunciado em novembro do ano passado, o negócio é estimado em US$ 270 milhões.
Irani recomprará ações
O conselho da Celulose Irani aprovou ontem a realização de um programa de recompra de até 10% das ações ordinárias e preferenciais da companhia. "A administração entende que o valor de mercado das ações não reflete adequadamente o valor intrínseco da companhia e, como há disponibilidade de caixa, a operação visa rentabilizar estes recursos, maximizando o valor para os acionistas", afirmou a companhia em fato relevante. O programa terá validade de um ano, com encerramento em 27 de agosto de 2014. As corretoras dos bancos Santander e Itaú atuarão como intermediárias.
Valor Econômico-