O dólar se manteve colado ao mercado externo e fechou em queda de 0,6%, na mínima do dia, a R$ 2,002. A expectativa pelo aumento no fluxo de capitais para o país, decorrente de captações externas e vendas de ações de empresas brasileiras, também ajudou a diminuir o valor da moeda americana.
Além das captações recentes da OAS e da Andrade Gutierrez, de US$ 500 milhões cada, e da Ecovias, no montante de R$ 800 milhões, o mercado ainda aguarda a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da BB Seguridade, fechada ontem. A expectativa é que essa operação promova a entrada de cerca de US$ 2,4 bilhões no país. Há, ainda, o plano da Petrobras de emitir US$ 10 bilhões em títulos no exterior ainda neste ano.
Durante o pregão, o mercado ainda analisou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada ontem, que trouxe mudanças no texto que trata de câmbio. No parágrafo 27 da ata, o Banco Central retirou o adjetivo "importante" do trecho que fala sobre a contribuição desinflacionária causada pela moderação "na dinâmica dos preços de certos ativos reais e financeiros".
"O fato de o BC ter retirado o "importante" faz sentido na medida em que ele voltou a usar o juro para apertar a política monetária e lidar com a inflação", disse o gestor de renda fixa e câmbio da Appia Capital, Jorge Knauer. "O mercado já vem trabalhando com uma expectativa de câmbio mais estável. Ao longo do tempo, a influência do câmbio nos preços tende a diminuir justamente porque ele está estável e provavelmente vai ficar estável, perto de R$ 2.