Em maio, alta é de 2,75%. Dia foi de poucos negócios com feriado nos EUA
rio e brasília Num dia de feriado nos EUA e de poucos negócios nos mercados, o dólar comercial fechou ontem em alta de 0,19%, a R$ 2,056, e renovou sua maior cotação desde 24 de dezembro do ano passado (R$ 2,078). Com pequenas altas diárias nas últimas semanas, a moeda americana já acumula um valorização de 2,75% em maio. No mercado de ações, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou praticamente estável, com leve baixa de 0,01%, aos 56.395 pontos pelo Ibovespa, seu principal índice. O volume de negócios foi de apenas R$ 2,5 bilhões, o menor desde dezembro de 2011.
Segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco alemão WestLB, o atual patamar do câmbio deveria ser motivo de preocupação e intervenção do Banco Central (BC), já que pode pressionar a inflação. A última atuação da autoridade monetária no mercado foi em 27 de março, com uma operação de swap - equivalente a uma venda de moeda no mercado futuro.
- O BC está provavelmente aguardando uma atração de moedas por causa do aumento dos juros básicos, a Selic. Com mais dólares, a pressão sobre a taxa de câmbio cairia sem a necessidade de uma atuação - acredita Rostagno.
Para José Carlos Amado, operador de câmbio da Renascença Corretor, uma intervenção só deve ocorrer com escassez maior de dólares no país.
Ontem, a moeda seguiu aqui a tendência do exterior. O dólar também avançou frente a coroa norueguesa (0,24%), rand sul-africano (0,23%) e dólar australiano (0,21%).
A poucos dias do fechamento do mês, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 1,518 bilhão até a quarta semana de maio.