RIO, SÃO PAULO e BRASÍLIA . O dólar comercial voltou a subir ontem, com alta de 0,79%, a R$ 2,035 para venda, após uma declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o câmbio. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) avançou 0,53%, aos 56.076 pontos, em pregão fraco devido ao feriado do Dia da Independência nos EUA.
Mantega, em encontro com empresários na Fiesp, mostrou satisfação com o atual patamar do dólar:
- Fazemos a política correta, estamos com o câmbio com uma posição que valoriza a economia brasileira.
Na terça-feira, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, dissera ao jornal "O Estado de S.Paulo" que o dólar abaixo de R$ 2 não agradava a equipe econômica.
- Agora temos um câmbio alimentado por comunicação verbal. Ontem foi o Aldo Mendes. Hoje o Mantega disse que não quer saber do câmbio abaixo de R$ 2 - disse o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros.
A Bovespa foi puxada pelas empresas de Eike Batista, como OGX ON, com 2,95%, e MMX ON, com 3,90%. As empresas de Eike recuperaram cerca de R$ 946 milhões em valor de mercado, para R$ 38,4 bilhões. Mas a queda da semana passada foi tão grande que o valor ainda é 16,3% inferior ao de 26 de junho.
Já o BC informou que o saldo da entrada e saída de dólares do país ficou em US$ 22,9 bilhões no primeiro semestre, queda de 42,4% frente ao mesmo período de 2011 (US$ 39,8 bilhões). Em junho, a balança comercial ficou negativa em US$ 962 milhões. No mês, o fluxo cambial total (comércio exterior e financeiro) só ficou positivo, em US$ 318 milhões, por causa do ingresso de dólar via aplicações financeiras.