Ainda de acordo com o BC, o crédito continuou a desacelerar. O estoque total dessas operações do sistema financeiro atingiu R$ 2,8 trilhões em junho: crescimento de 0,9% no mês e 11,8% em 12 meses. Em maio, o avanço acumulado era de 12,7%. Somente no mês passado, as concessões de novos empréstimos para as famílias caíram 2,2%, pois as pessoas físicas fecharam contratos que somam R$ 161,9 bilhões.
O governo está preocupado com o crédito para o consumo – combustível do crescimento do país nos últimos anos – e, por isso, tomou medidas de estímulo na semana passada. No entanto, já admite que isso não deve acelerar o crescimento do crédito no país.
Para o chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel, as medidas anunciadas pela autarquia – como a liberação de compulsório – não devem aumentar o ritmo de aumento do volume dos empréstimos, mas pode evitar cair a projeção. A estimativa no início do ano era que o crédito cresceria 13%, mas depois a autarquia revisou esse número para 12%. E poderá fazer uma nova alteração em setembro.
“Os efeitos dessas medidas estão contemplados nas projeções de crescimento de 12 % no ano. Essas medidas reduzem a possibilidade de uma nova revisão de crédito para o ano, mas não descartam”, ressaltou Maciel.
Consignado: crédito para quitar dívida
Três em cada 10 brasileiros (34%) já fizeram empréstimo consignado, segundo pesquisa do Portal Meu Bolso, iniciativa do SPC Brasil. De acordo com o estudo, 47% afirmaram utilizar a modalidade para pagar dívidas de outros empréstimos, como cartão de crédito, 15% disseram recorrer ao consignado para comprar móveis e eletrodomésticos, e 14% afirmaram usar o empréstimo para pagar contas, como aluguel, condomínio, luz, telefone e escola.
Fonte: Jornal A Gazeta