Mês passado, os países asiáticos representaram 25% das exportações de produtos argentinos, contra 23,5% das vendas ao Mercosul e 12% à União Europeia (UE). No caso das importações, 23% foram de produtos asiáticos, 21,5% do Mercosul e 19% do Nafta (Estados Unidos, México e Canadá).
Segundo informações publicadas na terça-feira (26) pelo jornal “El Cronista”, em julho passado a balança comercial argentina registrou superávit de US$ 803 milhões, o que representou um aumento de 114% em relação ao mesmo mês do ano passado. Este aumentou foi possível, basicamente, graças à queda de 16% das importações, bem acima da redução de 9% das exportações.
Em recente discurso, a presidente Cristina Kirchner deixou claro que no atual contexto de recessão econômica, seu governo fará o possível para preservar e elevar o superávit comercial, principalmente limitando ainda mais a entrada de produtos estrangeiros ao país.
-- Vamos manter com firmeza o superávit comercial — declarou a presidente.
Suas declarações provocaram preocupação na Câmara de Importantes da Argentina (CIRA), onde temem que a Casa Rosada redobre a aplicação de medidas protecionistas para restringir as importações e, assim, evitar que o Banco Central tenha de desfazer-se de dólares em momentos de forte escassez de divisas.
O Mercosul, claramente, já está sendo prejudicado. Desde seu nascimento, o bloco era o principal parceiro econômico da Argentina, posto que acaba de perder para os países asiáticos. Em julho passado, as exportações asiáticas para o mercado argentino cresceram 21%. Já as vendas de produtos do Mercosul caíram 31%.
Fonte: O Globo