De acordo com os economistas da Serasa Experian, o fraco dinamismo da economia, as altas taxas de juros e as incertezas associadas ao processo eleitoral estão entre os motivos que explicaram a queda no nascimento de empresas em outubro.
Entre janeiro e outubro, o total de novos empreendimentos criados dentro do território nacional foi de 1.617.656, aumento de 1,1% em relação ao total de novas empresas surgidas durante o mesmo período de 2013 (1.599.989).
O segmento dos microempreendedores individuais registrou a criação do maior número de empresas: 113.682, contra 125.728 em setembro, queda de 9,6%. As sociedades limitadas ficaram em segundo lugar, com a criação de 20.324 empresas, queda de 4,5% em relação ao mês anterior. A criação de empresas individuais caiu 9,8% e totalizou com 16.009 novas em outubro.
A crescente formalização dos negócios no Brasil é responsável pelo aumento dos microempreendedores individuais desde o início da série histórica do indicador. Em cinco anos, passaram de quase metade do total de novos empreendimentos (48,1%, em 2010) para 72,3% no último levantamento.
O Sudeste segue liderando o ranking de nascimento de empresas, com 829.543 novos negócios abertos entre janeiro e outubro, ou 51,3% do total. O Nordeste ocupou o segundo lugar, com 17,9% (289.505 empresas). A região Sul segue em terceiro lugar, com 16,4% de participação e 264.959 novas empresas. O Centro-Oeste registrou a abertura de 150.904 empresas e foi responsável por 9,3% de participação, seguido pelo Norte, com 82.745 novas empresas e 5,1% do total de empreendimentos inaugurados.
O setor de serviços é o mais procurado. De janeiro a outubro, 953.145 novas empresas surgiram, o equivalente a 58,9% do total. Em seguida, 513.919 empresas comerciais (31,8% do total) e, no setor industrial, foram abertas 135.809 empresas (8,4% do total).
Fonte: G1