Campo de Tubarão Martelo terá nova avaliação de potencial
As ações da petroleira OGX tiveram a maior queda da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), ontem, de 8,33%. Estava prevista para ontem à noite a divulgação de uma nova certificação do campo de Tubarão Martelo, pela certificadora internacional DeGolyer & MacNaughton (D&M).
O campo deve entrar em produção até o fim do ano e é apontado como trunfo da OGX na negociação com credores internacionais, que voltarão a se reunir com representantes da petrolífera em Nova York na próxima semana. Em abril de 2012, a OGX declarou a comercialidade de Tubarão. Na época, o volume recuperável apontado era de 285 milhões de barris de petróleo.
A OGX tem só dois campos em produção: Tubarão Azul, na Bacia de Campos, e Gavião Real, na Bacia de Parnaíba (MA). Mas o primeiro deve ter a produção interrompida de vez em 2014, e a participação da OGX em Gavião Real pode ser vendida para a Eneva (antiga MPX, de energia). Tubarão Martelo, portanto, deverá ser o único campo operacional da empresa. Por isso, os olhos dos credores se voltam para el. Segundo fontes ligadas a eles, ainda há disposição para ouvir nova proposta antes da provável recuperação judicial.
Na próxima semana, um grupo de minoritários pretende entrar com ação na Justiça contra a OGX. Liderados pelo advogado Márcio Lobo, o grupo reúne cerca de 20 acionistas, com aproximadamente um milhão de ações. Os investidores pedirão indenização por danos materiais por terem sido "enganados" pela empresa