A aversão ao risco mais uma vez dominou os mercados, com a Grécia no centro das incertezas, em função da dificuldade de formar um novo governo de coalizão. Quanto mais tempo o país demora para chegar a um acordo, aumentam as apostas de saída do país da zona do euro.
A agenda de indicadores dos Estados Unidos não trouxe dados relevantes e a queda do compulsório bancário na China, anunciada no sábado, não foi suficiente para acabar com o pessimismo que marcou o início da semana.
O euro continuou a cair em relação ao dólar para a menor cotação desde janeiro e o petróleo e o ouro renovaram as mínimas do ano. Mais uma vez, a aversão ao risco beneficiou os títulos da dívida do governo americano, empurrando os rendimentos para novas mínimas históricas.
O índice Dow Jones caiu 0,98% e fechou com 12.695 pontos - menor fechamento desde 31 de janeiro. O S&P-500 recuou 1,11%, para 1.338 pontos, enquanto o Nasdaq Composite fechou em queda de 1,06%, para 2.902,58 pontos.
Os ministros das Finanças da União Europeia, reunidos em Bruxelas, alertaram hoje que a Grécia corre o risco de ter de deixar o bloco econômico caso os partidos políticos não consigam formar um governo de coalizão que cumpra os termos do pacote de ajuda acertado em março.
O índice ASE, da Bolsa de Atenas, encerrou a sessão em queda de 4,56%, aos 584 pontos, renovando uma mínima de 22 anos. Na Bolsa de Frankfurt, o DAX recuou 1,94%, para 6.451 pontos; o CAC 40, de Paris, caiu 2,29%, para 3.057 pontos; em Londres, o FTSE teve queda de 1,97%, a 5.465 pontos, no menor nível do ano.
O custo do seguro da dívida da Espanha contra calote atingiu um novo recorde, enquanto o rendimento dos bônus do país avançou para níveis não vistos desde dezembro, em consequência das persistentes preocupações dos investidores com o sistema financeiro espanhol.