Economistas do Espírito Santo prestigiaram a 21ª edição do Congresso Brasileiro de Economia, de 9 a 11 de setembro de 2015, na cidade de Curitiba. O evento reuniu economistas e especialistas do país, em evento que contou a presença de cerca de mil participantes. O evento teve como tema “A apropriação e a distribuição da riqueza - desafios para o século XXI”.
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O tema foi tratado pelo presidente do Corecon-ES, Eduardo Araújo, nesta segunda-feira, no programa Bom Dia ES, na TV Gazeta.
Confira a entrevista no link: http://goo.gl/0Ofw6N Um dos grandes nomes da área de Inovação confirmou presença no VI Encontro de Economia, que acontecerá nos dias 19 e 20 de outubro, no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) da Ufes. Inscrições abertas: https://doity.com.br/vieees
O economista Paulo Bastos Tigre vai falar sobre o tema, que é sua área de especialização. Ele é professor titular do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde coordena o Grupo de Economia da Inovação. Tigre é Ph.D. em Política Científica e Tecnológica pela Universidade de Sussex (Inglaterra, 1982), mestre em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ (1978) e bacharel em Economia pela UFRJ (1974). É pesquisador do CNPq e autor de vários livros publicados no Brasil e no exterior. O VI Encontro contará com palestras e mesas temáticas com apresentação de trabalhos para economistas e estudantes de todo o Brasil. É uma iniciativa conjunta do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES), do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), a Fucape Business School, do Mestrado em Economia (PPGECO-Ufes) e do Departamento de Economia da Ufes. O objetivo do evento é reunir economistas e profissionais de áreas afins, interessados na realidade econômica brasileira e espírito-santense. Espera-se integrar jovens profissionais, agregando conhecimento sobre a evolução e as perspectivas da economia do Estado. Serão tratados os seguintes temas: Microeconomia, inovação e crédito; Macroeconomia, comércio internacional e política econômica; Economia agrícola, meio-ambiente e energia; Mercado de trabalho e bem-estar; Economia regional e urbana; Finanças; Finanças Públicas; Métodos quantitativos e outros temas em economia. Conheça a lista de artigos aprovados no endereço eletrônico: https://doity.com.br/vieees O Conselho Regional de Economia (Corecon-ES) reuniu economistas, estudantes e outros profissionais no auditório do Banestes, para debater o rebaixamento do Brasil e o novo cenário para investimentos. O Seminário Oportunidades em Tempos de Crise teve a palestra do economista e ex-diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Candiota. Cerca de 200 pessoas lotaram o auditório do Banestes, no dia 22 de setembro.
Apesar da crise econômica, Candiota foi bastante otimista e direcionou parte da sua fala para os jovens estudantes que ouviam atentos as suas palavras. “Invistam no Brasil. Viajem, vejam outros países e voltem para me dizer se há outro lugar melhor para investir”, ensinou o economista. Analisando a economia, Candiota criticou a política de juros altos, que vem sendo praticada desde 1991. “Estamos fazendo uso de um instrumento que deveria ter vida curta, que são os juros elevados. Há 25 anos o Brasil pratica uma política de juros altos e isso não é bom. Retrai a economia, traz mais remuneração para o capital e não para o trabalho”. Continuando sua análise, o economista destacou que quando o país não resolve seus problemas, a moeda resolve. Agora o país vive um grande desafio que é voltar a crescer. “O Brasil tem que crescer mais de 3% ao ano para que os brasileiros tenham alguma riqueza, mas há um ambiente de pessimismo”, ponderou. Para escapar dessa carga negativa que chegam com as notícias dos jornais sobre os desmandos dos governantes, Candiota ensina a voltar os olhos para as empresas de sucesso, que mesmo em meio à crise estão conseguindo resultados, como empresas do ramo de cosméticos e do agronegócio. E concluiu: “O Brasil já passou por coisa pior. Já passamos por uma desorganização econômica, quando não podíamos planejar o dia seguinte. Hoje tem muita coisa no Brasil funcionando, mas precisamos ter uma agenda econômica melhor". Ao final da palestra, todos participaram de um debate com a colaboração de Bruno Funchal, que é doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas e professor da Fucape; Paulo Henrique da Costa Correa, economista e sócio-diretor da Valor Investimentos; e Vitor Lopes, economista com 11 anos de experiência no mercado financeiro, diretor-presidente da Banestes DTVM. Uma das perguntas dos participantes aos debatedores foi em relação ao mercado, e qual seria o melhor investimento num momento de crise. “Se você tiver estômago e coração, invista na bolsa”, orientou Luiz Candiota, que teve a concordância dos demais componentes da mesa. Mesmo em um momento crítico da economia, ele diz que o investimento na bolsa é indicado para aqueles que pensam em aplicações a longo prazo, mas de forma que fiquem tranquilos em relação ao valor investido. Para o ex-diretor do Bacen, o país irá conviver com mais dois ou três anos de rebaixamento, mas acredita que a inflação será mais baixa em 2016, ainda que o dólar permaneça alto. Candiota criticou o Banco Central, na gestão atual, que demorou para elevar os juros no momento em que a inflação já dava sinais de força. E criticou a política monetária e fiscal: “quando elas não andam na mesma direção, fica muito difícil”. O presidente do Corecon-ES Eduardo Reis Araujo concede entrevista para a TV Vitória na reportagem que fala sobre a queda de 6% no setor de varejo do Espírito Santo. Confira na íntegra em http://goo.gl/E72PDt
Economistas de todo o País estão participando do XXI Congresso Brasileiro de Economia, em Curitiba.10/9/2015 Na noite de quarta-feira ocorreu a cerimônia de premiação dos vencedores da 21ª edição do Prêmio Brasil de Economia (PBE).
Os economistas e estudantes da área concorreram em cinco categorias: monografias de graduação, dissertações de mestrado, teses de doutorado, artigos técnicos/científicos e livros de economia. A premiação foi realizada pelo presidente do Cofecon, Paulo Dantas da Costa, e pelo professor Reinaldo Gonçalves, representando a comissão julgadora. Organizado anualmente pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), o PBE tem o propósito de estimular a reflexão crítica sobre a economia como ramo de conhecimento, primando por seu caráter aplicado. Confira os vencedores do Prêmio e fotos da cerimônia: http://cofecon.org.br/destaques/204-slideshow-principal/3207-cofecon-entrega-xxi-premio-brasil-de-economia.html O conselheiro federal Sebastião Demuner concedeu uma entrevista ao programa Bom Dia ES, da TV Gazeta, afiliada da rede Globo no Espírito Santo. O economista foi convidado para falar sobre a forte queda na bolsa de valores da China, que no dia anterior afetou os mercados do mundo inteiro. Leia abaixo o texto da entrevista, que pode ser assistida clicando AQUI.
Mario Bonella: Foi notícia no mundo todo ontem a queda nas bolsas de valores. O medo é que a economia da China comece a bambear. Isso afeta o Brasil, afeta o Espírito Santo, nós que exportamos muitos produtos para a China: bloco de rocha, minério de ferro, celulose, a China compra produtos que movimentam a economia do estado. O economista Sebastião Demuner, do Conselho Federal de Economia, vai nos explicar o que está acontecendo e de que maneira podemos ser afetados. Bom dia, Sebastião. Sebastião Demuner: Bom dia. MB: Sebastião, eu fico imaginando quem viu as notícias ontem e fica pensando assim: "eu não tenho ação de empresa, eu não coloco dinheiro em bolsa, isso não vai mexer com a minha vida". Quando vemos que a bolsa da China despencou 7 pontos, a Bolsa de São Paulo 3, afeta a vida de todos? Demuner: Com certeza. Quando eu tenho um problema econômico como este, afeta desde aquela senhorinha que vai comprar o pão francês todos os dias, até grandes empresários, grandes indústrias do mercado nacional, indústria de confecção, indústria da construção civil, afeta a economia como um todo. MB: Por quê? Demuner: As nossas exportações serão afetadas porque o crescimento da economia chinesa, por exemplo, está diminuindo, e se diminuirmos as exportações, automaticamente diminuirá também nossa arrecadação, vai ter problema de câmbio, problema no eixo central da economia e vai acabar afetando toda a economia. Tatiane Braga: Gera também uma sensação de incerteza na economia mundial? Demuner: Esse é o grande problema. Nós tínhamos um problema endógeno, que na semana passada estávamos discutindo, que é o ajuste fiscal. Nós estávamos sem competência de resolver este pequeno problema que nós tínhamos aí, que é um problema político que está gerando um problema econômico. No geral a nossa economia organizada, o setor bancário é um setor organizado, o setor elétrico é um dos melhores do mundo, agora nós temos um problema externo e quando há um problema externo como esse não tem muita margem de manobra. É um problema que vem de fora, um problema mundial que a margem de manobra do governo, eu percebo, é muito pequena. MB: A dúvida que eu ouvia dos outros economistas é se a economia da China está bambeando ou se está se adequando, porque cresceu em níveis muito difíceis de crescer, 10%, 11% ao ano, e agora não estava crescendo tanto, mas continuava crescendo 4%, 5%, 6%. Já existe uma resposta para esta dúvida? A economia da China está em dificuldade ou está apenas se adequando? Demuner: Existe toda uma incerteza em relação a isso. Enquanto a economia chinesa estava crescendo muito, existiu no Brasil uma "farra" nas commodities, digamos assim. Tudo o que se produzia aqui nós conseguíamos vender para a China, tudo eles compravam de nós. MB: Pode explicar o que são commodities? Demuner: Commodities são um conjunto de produtos, por exemplo, commodities agrícolas, commodities de ferro e aço, são um conjunto de produtos que tudo o que nós produzíamos, conseguíamos repassar para o mercado chinês. MB: Que se exportam em grande volume? Demuner: Que se exportam em grande volume. Com a redução do PIB da China, nossas commodities vão reduzir as vendas e nós vamos ter problemas internos, principalmente o nosso estado, que é um estado tipicamente exportador, 70%, 60% da nossa economia é voltada para a exportação, e nós vamos ter problemas com a economia, repasses para os municípios, o governo vai ter que fazer todo o seu planejamento para este ano e até para o ano que vem. MB: Essas empresas que vendem minério, por exemplo, elas vão vender menos, vão pagar menos impostos e vai ter menos dinheiro para investir no bem social. Demuner: Perfeito, este é o raciocínio. É um raciocínio até muito simples. Mas o que o governo tem que fazer? Neste momento, a margem de manobra é muito pequena. Então o governo tem que realinhar, chamar realmente os prefeitos, evitar desperdício, evitar gastos para favorecer os amigos de campanha, não é o momento para fazer isso. O momento é de realinhar, readequar a economia e até, por que não dizer, focar onde haverá novos investimentos. TB: Se as empresas vão vender menos, então elas vão produzir menos e isso pode gerar desemprego? Demuner: Esse é o grande problema que eu vejo. As empresas trabalham com lucratividade. Se eu estou reduzindo a minha lucratividade, se as exportações diminuem, se a minha demanda diminui, com certeza isso vai acabar refletindo na sociedade. MB: A China compra muitos produtos nossos, principalmente commodities, matéria prima, mas também traz muitos produtos para vender aqui, haja visto o setor de confecção, que reclama muito dos produtos chineses que chegam aqui mais baratos. A gente viu que além dessa bambeada na economia, com as bolsas despencando, o governo chinês também desvalorizou a moeda, para que se compre mais produtos da China, para que venda mais produtos, porque desvalorizando a moeda fica mais barato para quem vai comprar. Isso pode afetar o Espírito Santo? Demuner: Vai. Na verdade, esta é uma estratégia que todo governo está tomando, desvalorizar a sua moeda, até para valorizar a indústria nacional de cada país. Há uma guerra muito perigosa, tudo o que envolve o câmbio é muito perigoso, porque você acaba perdendo o controle da economia e com certeza isso vai afetar também a nossa indústria aqui no estado. MB: O que está acontecendo com as bolsas? Por que a bolsa de Xangai caiu 7% e mundo afora isso teve um efeito dominó? Demuner: A Bolsa vive muito de expectativa, então quando você cria a expectativa de que uma economia vai mal, aí você repassa esta expectativa para todas as bolsas do mundo. Então abre lá na China, fecha aqui no Brasil e as ações desvalorizam de um dia para o outro coisa de 10%, aquilo que você demora um ano para ganhar na poupança, por exemplo, você perde em um dia na bolsa, foi o que aconteceu ontem com as ações da Vale do Rio Doce, por exemplo. MB: Estamos falando das ações da China, da economia do mundo, eu queria trazer um pouco para a economia do Brasil. Ontem a presidente Dilma deu uma declaração, pela primeira vez, reconhecendo que demorou a perceber a dimensão da crise, reconheceu que errou e que a inflexão da economia deveria ter sido feita antes. E anunciou também a redução de ministérios, não a presidente, mas a gente ouve essa conversa agora do governo de que vai reduzir dez ministérios. São medidas que estão vindo tarde demais, mas necessárias, como é que o senhor avalia as declarações da presidente e a forma como o governo federal vem lidando com a economia? Demuner: Eu acho que o grande problema do Brasil hoje, volto a afirmar, é um problema político. Não acho que seja tarde, percebo que essas medidas, essas reformas estruturais deveriam ter sido feitas há 10 anos, quando houve o boom das commodities agrícolas, commodities industriais, onde havia dinheiro no estado e poderia fazer reformas na infraestrutura, na construção de novas estradas, reformas nos portos. Se eu falar que é tarde, vou estar sendo injusto; o que posso dizer é que é uma reforma que tem que ser feita, deve ser feita, até para servir como exemplo para o mercado internacional, para o investidor internacional perceber que nós estamos tratando a crise com seriedade e o governo passar esta confiança para o mercado internacional que está no controle da economia. O que está passando hoje é que existe um conflito de poderes no estado e que está sem controle da economia, esta é a grande verdade. TB: Ainda sobre a queda da bolsa, as ações caíram. É hora de comprar, para quem gosta de investir neste mercado? Demuner: Investimento em mercado de ações é para quem tem o coração forte. Se você está acostumado a trabalhar com isso, observa onde estão os melhores investimentos, onde estão as maiores tendências de mercado. Mas se você não está acostumado a investir com isso, não entre no mercado variável agora, porque é muito perigoso, está realmente num momento muito ruim, procure o gerente do seu banco, faça um investimento em renda fixa, um investimento talvez que tenha maior liquidez como a poupança. Investimento em mercado de ações, investimento em imóveis, eu sugiro que ninguém faça isso agora. MB: O professor Roberto Garcia Simões, da UFES, escreve um artigo hoje no jornal A Gazeta e ele diz que acabou um ciclo. Esse ciclo de venda de commodities, e o senhor explicou aqui o que são commodities, isso se encerrou porque a China não vai mais demandar tanta matéria prima. O Espírito Santo tem que estar muito atento e se preparar para isso, porque nossa economia depende muito destas exportações. O senhor concorda com ele? Demuner: Eu concordo. O que o Espírito Santo e o Brasil têm que fazer agora é tentar um novo realinhamento da economia. Por exemplo: novas fontes de energia, para baixar o nosso custo de produção, essa reforma tributária precisa ser feita para tentarmos contribuir de alguma forma com a nossa economia, com a nossa indústria, nós temos muito desperdício hoje relacionado à questão energética, por exemplo, temos hoje o que nós chamamos de eficiência energética, que é entrar numa fábrica, numa indústria, verificar o que você usava há 10 anos, motores que consumiam muito mais energia, lâmpadas que consumiam muito mais energia, e substituir tudo isso para tornar nossa indústria competitiva. Do lado do governo é o que eu sempre falo, tem que haver um realinhamento, estar replanejando sua economia, sua gestão, é gestão administrativa mesmo, é fazer mais com menos. Devido à grande procura, a organização do XXI Congresso Brasileiro de Economia autorizou inscrições para quem quer assistir somente a palestra de abertura do evento, que será feita pelo atual diretor executivo do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), Otaviano Canuto. Ele irá falar sobre Desenvolvimento Econômico e Inclusão Social no Brasil”, às 20h30, no dia 9 de setembro, primeiro dia do Congresso.
Considerado o maior evento de interesse dos economistas brasileiros, o CBE será realizado de 9 a 11 de setembro. Neste ano, será realizado pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR), em parceria com o Conselho Federal de Economia (Cofecon), com o tema geral “A Apropriação e a Distribuição da Riqueza – Desafios para o Século XXI”. Acesse o site www.cbe2015.org.br para mais informações sobre o evento, como programação, inscrições e hospedagens. A Federação Nacional dos Estudantes de Economia (Feneco) realizará, durante o XXI Congresso Brasileiro de Economia, Seminário de Gestão com o tema "(Re) Construindo a Feneco: o papel e a importância da Federação para a representação estudantil do curso de Economia". O objetivo é criar um plano de gestão com um calendário de atividades e retomar espaço nas principais esferas de representatividade dos estudantes de Economia, como ERECOs, ENECO, CAs/DAs. O evento ocorrerá nos dias 10 e 11 de setembro em Curitiba.
A Feneco convida todos os estudantes que estiverem no CBE ou participando da Gincana de Economia a conhecer melhor a entidade e, principalmente, ajudar a construí-la. “Queremos mobilizar os CAs e DAs, integrar os estudantes das faculdades particulares, discutir a grade curricular e um ensino plural, mobilizar a base estudantil a intervir na conjuntura política e econômica, e combater toda forma de opressão”, afirma a direção executiva da Federação. Sobre a Feneco Representa os estudantes de Ciências Econômicas em âmbito nacional com foco em organizar e dar amplitude às pautas existentes a nível de curso e de conjuntura. Foi fundada em 1997 e tem um histórico de mobilização e organização dos estudantes de Economia. Confira a programação na página da Feneco no Facebook: www.facebook.com/feneco15. (*) Assessora de Imprensa do Cofecon (61) 3208-1803/ (61) 3208-1806 |
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