O Conselho Regional de Economia (Corecon-ES) reuniu economistas, estudantes e outros profissionais no auditório do Banestes, para debater o rebaixamento do Brasil e o novo cenário para investimentos. O Seminário Oportunidades em Tempos de Crise teve a palestra do economista e ex-diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Candiota. Cerca de 200 pessoas lotaram o auditório do Banestes, no dia 22 de setembro.
Apesar da crise econômica, Candiota foi bastante otimista e direcionou parte da sua fala para os jovens estudantes que ouviam atentos as suas palavras. “Invistam no Brasil. Viajem, vejam outros países e voltem para me dizer se há outro lugar melhor para investir”, ensinou o economista.
Analisando a economia, Candiota criticou a política de juros altos, que vem sendo praticada desde 1991. “Estamos fazendo uso de um instrumento que deveria ter vida curta, que são os juros elevados. Há 25 anos o Brasil pratica uma política de juros altos e isso não é bom. Retrai a economia, traz mais remuneração para o capital e não para o trabalho”.
Continuando sua análise, o economista destacou que quando o país não resolve seus problemas, a moeda resolve. Agora o país vive um grande desafio que é voltar a crescer. “O Brasil tem que crescer mais de 3% ao ano para que os brasileiros tenham alguma riqueza, mas há um ambiente de pessimismo”, ponderou.
Para escapar dessa carga negativa que chegam com as notícias dos jornais sobre os desmandos dos governantes, Candiota ensina a voltar os olhos para as empresas de sucesso, que mesmo em meio à crise estão conseguindo resultados, como empresas do ramo de cosméticos e do agronegócio.
E concluiu: “O Brasil já passou por coisa pior. Já passamos por uma desorganização econômica, quando não podíamos planejar o dia seguinte. Hoje tem muita coisa no Brasil funcionando, mas precisamos ter uma agenda econômica melhor".
Ao final da palestra, todos participaram de um debate com a colaboração de Bruno Funchal, que é doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas e professor da Fucape; Paulo Henrique da Costa Correa, economista e sócio-diretor da Valor Investimentos; e Vitor Lopes, economista com 11 anos de experiência no mercado financeiro, diretor-presidente da Banestes DTVM.
Uma das perguntas dos participantes aos debatedores foi em relação ao mercado, e qual seria o melhor investimento num momento de crise. “Se você tiver estômago e coração, invista na bolsa”, orientou Luiz Candiota, que teve a concordância dos demais componentes da mesa.
Mesmo em um momento crítico da economia, ele diz que o investimento na bolsa é indicado para aqueles que pensam em aplicações a longo prazo, mas de forma que fiquem tranquilos em relação ao valor investido.
Para o ex-diretor do Bacen, o país irá conviver com mais dois ou três anos de rebaixamento, mas acredita que a inflação será mais baixa em 2016, ainda que o dólar permaneça alto.
Candiota criticou o Banco Central, na gestão atual, que demorou para elevar os juros no momento em que a inflação já dava sinais de força. E criticou a política monetária e fiscal: “quando elas não andam na mesma direção, fica muito difícil”.
Apesar da crise econômica, Candiota foi bastante otimista e direcionou parte da sua fala para os jovens estudantes que ouviam atentos as suas palavras. “Invistam no Brasil. Viajem, vejam outros países e voltem para me dizer se há outro lugar melhor para investir”, ensinou o economista.
Analisando a economia, Candiota criticou a política de juros altos, que vem sendo praticada desde 1991. “Estamos fazendo uso de um instrumento que deveria ter vida curta, que são os juros elevados. Há 25 anos o Brasil pratica uma política de juros altos e isso não é bom. Retrai a economia, traz mais remuneração para o capital e não para o trabalho”.
Continuando sua análise, o economista destacou que quando o país não resolve seus problemas, a moeda resolve. Agora o país vive um grande desafio que é voltar a crescer. “O Brasil tem que crescer mais de 3% ao ano para que os brasileiros tenham alguma riqueza, mas há um ambiente de pessimismo”, ponderou.
Para escapar dessa carga negativa que chegam com as notícias dos jornais sobre os desmandos dos governantes, Candiota ensina a voltar os olhos para as empresas de sucesso, que mesmo em meio à crise estão conseguindo resultados, como empresas do ramo de cosméticos e do agronegócio.
E concluiu: “O Brasil já passou por coisa pior. Já passamos por uma desorganização econômica, quando não podíamos planejar o dia seguinte. Hoje tem muita coisa no Brasil funcionando, mas precisamos ter uma agenda econômica melhor".
Ao final da palestra, todos participaram de um debate com a colaboração de Bruno Funchal, que é doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas e professor da Fucape; Paulo Henrique da Costa Correa, economista e sócio-diretor da Valor Investimentos; e Vitor Lopes, economista com 11 anos de experiência no mercado financeiro, diretor-presidente da Banestes DTVM.
Uma das perguntas dos participantes aos debatedores foi em relação ao mercado, e qual seria o melhor investimento num momento de crise. “Se você tiver estômago e coração, invista na bolsa”, orientou Luiz Candiota, que teve a concordância dos demais componentes da mesa.
Mesmo em um momento crítico da economia, ele diz que o investimento na bolsa é indicado para aqueles que pensam em aplicações a longo prazo, mas de forma que fiquem tranquilos em relação ao valor investido.
Para o ex-diretor do Bacen, o país irá conviver com mais dois ou três anos de rebaixamento, mas acredita que a inflação será mais baixa em 2016, ainda que o dólar permaneça alto.
Candiota criticou o Banco Central, na gestão atual, que demorou para elevar os juros no momento em que a inflação já dava sinais de força. E criticou a política monetária e fiscal: “quando elas não andam na mesma direção, fica muito difícil”.