“A inovação é um meio e não um fim”, alertou o professor Paulo Tigre, no encerramento do VI Encontro de Economia, ocorrido neste dia 20, na Ufes. O palestrante disse que é preciso pensar a inovação como um meio para resolver os problemas das empresas, num processo dinâmico e permanente. E afirmou: “não se pode ‘glamourizar’ a inovação. Ela tem que atender as necessidades das empresas e é satisfatória quando resolve problemas, gera desenvolvimento e a riqueza das nações”.
Diferente do que muitos pensam, o professor diz que a inovação não precisa ser algo inédito. “É importante, mas uma parcela muito pequena das empresas (1% a 3%) inova dessa forma”, informou Tigre. No caso de empresas manufatureiras, a inovação chega a 35% delas. Nas grandes empresas, menos de 60% inovam. O restante inova mesmo quando usa a tecnologia de outras empresas. Inovação quer dizer difusão tecnológica, mesmo quando ela não é inédita.
Mas como aprender a inovar? “Se aprende a inovar fazendo, usando, procurando e interagindo”, explicou Tigre, que é autor do livro “Gestão da Inovação” e professor do Instituto de Economia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde coordena o Grupo de Economia da Inovação.
No entanto, ele admite que a inovação ainda esbarra nas dificuldades de implementação dos procedimentos, na falta de investimentos e na capacidade das empresas em absorver a tecnologia. Também deve estar em consonância com o modelo de negócio.
“Do ponto de vista econômico, a difusão de tecnologias existentes é mais plausível do que a busca de soluções originais”, ensinou o professor, que alertou estudantes e economistas presentes para a importância do aprendizado formal e informal, que segundo ele é a principal fonte de inovação nas empresas.
Além desse aprendizado, é necessário fazer a gestão do conhecimento, colocando todos os processos em bases de dados, para que procedimentos importantes e inovadores sejam catalogados e não se percam com o tempo. Nesse aspecto, a inovação esbarra na vaidade de alguns funcionários ou até da própria empresa, que não teme perder espaço no mercado ao compartilhar conhecimentos. No entanto, Paulo Tigre ensina que o empresário deve ter uma visão mais ampla. “Nenhuma empresa consegue manter o monopólio da criatividade”.
Ao final da palestra, o professor respondeu a perguntas dos participantes e agradeceu o convite para participar do VI Encontro de Economia. O evento foi uma iniciativa conjunta do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES), do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), a Fucape Business School, do Mestrado em Economia (PPGECO-Ufes) e do Departamento de Economia da Ufes, com apoio do Bandes.
Durante os dois dias de evento foram tratados os seguintes temas: Microeconomia, inovação e crédito; Macroeconomia, comércio internacional e política econômica; Economia agrícola, meio-ambiente e energia; Mercado de trabalho e bem-estar; Economia regional e urbana; Finanças; Finanças Públicas; Métodos quantitativos e outros temas em economia.
O presidente do Banestes, Guilherme Dias, fez a palestra de abertura do evento, no dia 19, abordando o crédito bancário no Brasil. Participaram do evento estudantes de Economia de diversos estados como a Paraíba, Rio, Paraná, Rio Grande do Sul e da capital federal, Brasília.
Diferente do que muitos pensam, o professor diz que a inovação não precisa ser algo inédito. “É importante, mas uma parcela muito pequena das empresas (1% a 3%) inova dessa forma”, informou Tigre. No caso de empresas manufatureiras, a inovação chega a 35% delas. Nas grandes empresas, menos de 60% inovam. O restante inova mesmo quando usa a tecnologia de outras empresas. Inovação quer dizer difusão tecnológica, mesmo quando ela não é inédita.
Mas como aprender a inovar? “Se aprende a inovar fazendo, usando, procurando e interagindo”, explicou Tigre, que é autor do livro “Gestão da Inovação” e professor do Instituto de Economia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde coordena o Grupo de Economia da Inovação.
No entanto, ele admite que a inovação ainda esbarra nas dificuldades de implementação dos procedimentos, na falta de investimentos e na capacidade das empresas em absorver a tecnologia. Também deve estar em consonância com o modelo de negócio.
“Do ponto de vista econômico, a difusão de tecnologias existentes é mais plausível do que a busca de soluções originais”, ensinou o professor, que alertou estudantes e economistas presentes para a importância do aprendizado formal e informal, que segundo ele é a principal fonte de inovação nas empresas.
Além desse aprendizado, é necessário fazer a gestão do conhecimento, colocando todos os processos em bases de dados, para que procedimentos importantes e inovadores sejam catalogados e não se percam com o tempo. Nesse aspecto, a inovação esbarra na vaidade de alguns funcionários ou até da própria empresa, que não teme perder espaço no mercado ao compartilhar conhecimentos. No entanto, Paulo Tigre ensina que o empresário deve ter uma visão mais ampla. “Nenhuma empresa consegue manter o monopólio da criatividade”.
Ao final da palestra, o professor respondeu a perguntas dos participantes e agradeceu o convite para participar do VI Encontro de Economia. O evento foi uma iniciativa conjunta do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES), do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), a Fucape Business School, do Mestrado em Economia (PPGECO-Ufes) e do Departamento de Economia da Ufes, com apoio do Bandes.
Durante os dois dias de evento foram tratados os seguintes temas: Microeconomia, inovação e crédito; Macroeconomia, comércio internacional e política econômica; Economia agrícola, meio-ambiente e energia; Mercado de trabalho e bem-estar; Economia regional e urbana; Finanças; Finanças Públicas; Métodos quantitativos e outros temas em economia.
O presidente do Banestes, Guilherme Dias, fez a palestra de abertura do evento, no dia 19, abordando o crédito bancário no Brasil. Participaram do evento estudantes de Economia de diversos estados como a Paraíba, Rio, Paraná, Rio Grande do Sul e da capital federal, Brasília.