Em comunicado publicado no site, a agência disse que a decisão se justifica pelo alto grau de endividamento da estatal petroleira, realidade que só deve ser revertida “depois de 2016”.
Apesar do rebaixamento, a empresa ainda se enquadra na categoria “grau de investimento".
Na nota, a agência informa que a companhia está pressionada pelos preços do petróleo e pelo câmbio.
“Enquanto a Petrobras tem sido relativamente bem-sucedida em executar seu programa ambicioso e entregar metas agressivas de produção, a alavancagem continua a crescer em 2014, causando a impossibilidade de suportar custos relacionados à importação de petróleo, desvalorização da moeda local e um programa agressivo de capex (investimentos de bens de capital)”, disse Nymia Almeida, vice-presidente de crédito da Moody’s.
Segundo a agência, a dívida da Petrobras chegou a US$ 170 bilhões no final de junho deste ano, um aumento de US$ 30 milhões em relação a dezembro do ano passado. A Moody’s atribui o grau de endividamento da estatal principalmente à defasagem entre os preços internacionais e os praticados no país.
Um novo corte não é descartado pela agência, dada a probabilidade de que o endividamento aumente ainda mais devido à queda nos preços internacionais do petróleo e à capacidade limitada de redução de custos, "o que pode ter impactos negativos sobre as margens de lucro".
Fonte: G1 Economia