As preocupações com a situação das economias da Grécia e Espanha voltaram a assombrar os mercados ontem, fazendo a Bovespa retroceder ao nível dos 53 mil pontos, com direito a cravar a mínima intraday do ano, pela manhã.
Além disso, dúvidas sobre a magnitude da desaceleração chinesa ajudaram a aumentar a aversão ao risco, afetando diretamente blue chips de peso no principal índice da Bolsa, como Petrobras e Vale. O Ibovespa encerrou a sessão em baixa de 2,14%, aos 53.033,96 pontos, menor pontuação do mês desde o dia 28 de junho (52.652,25).
Assim, a Bovespa acumula perda de 2,43% em julho, e desvalorização de 6,55% no ano. O giro financeiro somou R$ 5,4 bilhões.
Na esteira da queda do preço do petróleo nos mercados internacionais, as ações ON da Petrobras recuaram 1,52%, enquanto as PN perderam 1,15%. No noticiário de ontem, os dados ruins vieram de toda parte. Na Espanha, o custo do seguro da dívida do país contra default bateu novos recordes em meio às crescentes preocupações com a situação dos governos central e regionais do país.
A Grécia também voltou ao foco dos mercados, depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) sinalizou para a União Europeia que não participará mais da ajuda financeira ao governo grego, o que significa que o país pode ficar sem dinheiro em setembro.
Na China, o conselheiro do Banco Central chinês (PBOC), Song Guoqing, previu um crescimento de 7,4% do PIB da China neste trimestre, depois de uma alta de 7,6% da economia do país no trimestre passado, configurando o sexto período seguido de desaceleração.