Costa, do Rabobank: sazonalidade não ajudará o câmbio até o fim do ano
O dólar e os juros futuros voltaram a marcar alta na quinta-feira, puxados por uma disparada nos yields dos Treasuries, diante do aumento das apostas de que o banco central americano promoverá uma redução de liquidez já em setembro. No fim do dia, o apetite pela moeda americana e pelos DIs teve algum alívio, mas não o suficiente para impedir uma forte alta desses ativos no fechamento.
O dólar fechou em alta de 0,60%, a R$ 2,339, maior nível desde 11 de março, quando terminou em R$ 2,351. O contrato de DI para janeiro de 2015 terminou em 10,05%, ante 10,02% no ajuste da véspera.
Segundo operadores, a demanda pela moeda americana veio principalmente de estrangeiros, que ampliaram a busca por "hedge" no mercado futuro após o leilão de swap do BC ter tido seu impacto restrito à manhã.
"Sem o vendedor do mercado, que é o BC, não tem como o dólar cair", afirma o operador de câmbio de um banco.
No leilão, que representou a primeira intervenção do BC em quase uma semana, foi vendida toda a oferta de até 40 mil contratos de swap cambial. O volume financeiro alcançou R$ 1,982 bilhão.