São Paulo
A Bovespa acompanhou o mau humor generalizado e registrou o terceiro dia seguido de queda, de volta aos 52 mil pontos, nível que não atingia no fechamento desde 28 de junho. Mais uma vez, Espanha e Grécia voltaram ao foco das atenções, desde segunda-feira, após surgirem dúvidas sobre as condições de solvência dos dois países.
Para ajudar, dados opostos sobre a atividade dos EUA fizeram crescer os temores sobre o ritmo da desaceleração da economia americana. Internamente, a queda de quase 5% das ações da Vale contribuiu para a performance negativa. Com isso, o Ibovespa encerrou com declínio de 0,75%, aos 52.638,63 pontos.
Nos três dias seguidos de queda a Bolsa acumulou perda de 4,89%. No mês, o declínio é de 3,16% e, no ano, de 7,25%. O giro financeiro ontem ficou em R$ 6,003 bilhões.
Para o gestor de investimento da corretora H.H. Picchioni, Paulo Amantéa, os investidores têm impedido a Bolsa de romper um importante suporte, os 52.300 pontos, porque temem que se isso ocorrer a Bolsa irá até os 47 mil .
Por outro lado, Amantéa lembra que está muito difícil a Bolsa superar os 57.700 mil pontos, nível considerado teto pelo mercado. "Quando romper o piso irá facilmente para os 47 mil pontos. O investidor está se preparando para uma forte queda que, quando acontecer, será de forma rápida aos 47 mil pontos", disse.
Entre as ações, a Vale apresentou performance negativa, puxada pelo dado da China e também pela queda de alguns metais. Logo cedo, foi informado o PMI preliminar de julho da China, que subiu, mas ainda se encontra em cenário de retração.