Os mercados financeiros internacionais "travaram" na segunda-feira, com os ativos - das ações e commodities às moedas e Treasuries - oscilando dentro de margens bastante estreitas, refletindo a falta de convicção dos investidores em ampliarem ou reduzirem as posições enquanto aguardam o desenrolar de uma série de eventos cruciais que culminará com a reunião do Federal Reserve, na quinta-feira.
Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 52,35 pontos (0,39%) e fechou com 13.254,29 pontos. O S&P-500 recuou 8,84 pontos (0,61%) e fechou com 1.429,08 pontos, enquanto o Nasdaq Composite caiu 32,40 pontos (1,03%) e fechou com 3.104,02 pontos.
Além da reunião do Fed, os investidores têm outros dois focos de preocupação: na quarta, a Suprema Corte da Alemanha deve anunciar a decisão sobre a legalidade do fundo de resgate permanente da zona do euro, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês) e, no mesmo dia, a Holanda elege um novo governo, que poderá mudar o equilíbrio do poder na Europa.
Em parte, essa paralisia dos mercados ilustra o quão elevadas são as apostas de um anúncio de um novo programa de compra de bônus nesta quinta-feira. Em uma indicação da elevada ansiedade nos mercados, o índice VIX de volatilidade da CBOE disparou 13,21% para 16,28 ontem.
"É tão lógico quanto ideal ter um dia de pausa, no modo esperar para ver, depois do movimento bastante forte da semana passada", disse Art Hogan, diretor-gerente da Lazard Capital Markets.
Na Europa, o índice FTSE 100, de Londres, caiu 0,03%, aos 2.793 pontos; CAC- 40, de Paris, recuou 0,37%, aos 3.506 pontos; e Stoxx 600 perdeu 0,22%, aos 272 pontos. O FTSE Mib, de Milão, caiu 0,11%, aos 16.092 pontos.
Nas negociações de ontem, as farmacêuticas foram as que mais contribuíram com as baixas. AstraZeneca caiu 0,51%, Novartis perdeu 0,88% e Roche recuou 1,46%. As mineradoras, no sentido oposto, exerceram pressão de alta. Rio Tinto subiu 1,6% e Anglo American ganhou 1,5%.