Depois de abandonar o nível de 55 mil pontos no começo da tarde de ontem, o Ibovespa mostrou recuperação no restante do pregão e, apesar da queda de 0,10%, conseguiu terminar aos 55.429,88 pontos. O movimento do mercado brasileiro de ações foi ditado pela fraqueza das bolsas europeias e pelo comportamento misto dos principais índices norte-americanos. O Dow Jones caiu 0,03%, aos 14.968,89 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,19%, aos 1.617,50 pontos, e o Nasdaq subiu 0,42%, aos 3.392,97 pontos.
A desaceleração das perdas no período vespertino se deu na esteira da melhora dos papéis de OGX e tinha como pano de fundo os ganhos firmes de Petrobrás. Os investidores seguem dispostos a incorporar as ações da estatal do petróleo em suas carteiras em meio a preços atrativos e cenário positivo à empresa. Petrobrás ON subiu 2,26% e Petrobrás PN avançou 1,75%. Jáno que diz respeito àpetrolífera de Eike Batista, novos rumores sobre venda de participação para uma companhia estrangeira ajudaram o papel a subir 7,65%.
O mercado de moedas teve seu ritmo ditado por declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE),Mario Draghi, de quea autoridade monetária vai continuar avaliando os próxi-mosindicadores econômicos para agir novamente, se for necessário. Isso fez o euro perder valor diante do dólar e acabou tendo reflexos sobre parte das moedas depaíses exportadores de com-modities,incluindo o real. No Brasil, amoedados EUA no mercado à vista de balcão teve alta de 0,15%, a R$ 2,0150. Investidores citaram ainda a falta de liquidez, que travou as negociações.
As taxas dos contratos futuros de juros, também em meio a um pequeno volume de negócios, caíram desde o início do dia. O ambiente externo de incertezas e a ausência de novas notícias que direcionassem o mercado fizeram os investidores corrigirem um pouco da alta das taxas da última sexta-feira. Além disso, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, não deu novos sinais sobre a condução da política monetária, enquanto a presidente Dilma Rousseff, em pronunciamento no início da tarde, fez referências gerais à política econômica que não influenciaram diretamente os negócios. O boletim Focus de ontem, divulgado pelo BC, também não trouxe alterações significativas nas projeções do mercado para a economia. A mais importante foi o rebaixamento das perspectivas de crescimento da indústria, fato já incorporado pelas taxas após a divulgação, nasemanapassada, daprodução do setor em março. Neste cenário, a taxa do contrato futuro de juro com vencimento em janeiro de 2014 caiu para 7,88%, ante os 7,93% da sexta-feira. Já a taxa do contrato para janeiro de 2015 cedeu para 8,23%, ante os 8,27% anteriores.