Cenário:
A Bovespa encontrou fôlego na melhora externa, principalmente durante a tarde, e na alta dos papéis de Vale, Petrobrás e OGX para se firmar no terreno positivo e reconquistar o patamar de 54 mil pontos, ontem. Houve volatilidade ao longo do pregão, mas o Ibovespa terminou com avanço de 0,68%, aos 54.297,73 pontos. Um dos principais destaques do dia no mercado doméstico foi o avanço de 18,38% dos papéis ON da OGX, sob a influência de notícias de que a empresa poderia vender uma fatia do seu capital a uma petroleira russa.
As outras duas gigantes do índice também tiveram papel decisivo no comportamento do mercado doméstico. As ações ON da Petrobrás avançaram 2,51% e as PN, 1,57%. Vale subiu menos, 1,43% na ordinária e 1,73% na preferencial.
Nos Estados Unidos, as bolsas conseguiram deixar de lado indicadores piores do que o esperado e subir. Entre as justificativas para o avanço dos principais índices esteve a expectativapositi-va em relação à divulgação do balanço da Apple, hoje. Além disso, a maior parte dos mercados europeus já havia terminado com ganhos depois que, no fim de semana, a reeleição de Giorgio Napolitano para um segundo mandato presidencial na Itália minimizou as incertezas políticas que rondam o país. O índice Dow Jones registrou alta de 0,14%, aos 14.567,17 pontos. O S&P 500 avançou 0,47%, aos 1.562,50 pontos, enquanto o Nasdaq subiu 0,86%, aos 3.233,55 pontos.
O dólar ante o real, por sua vez, terminou com alta de 0,50% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,0200. O movimento teve origem não apenas em alguns números ruins dos EUA, como no elevado déficit registrado pela balança comecial doméstica na terceira semana de abril, de US$ 2,271 bilhões - o maior déficit semanal da série histórica. Até então, o maior déficit semanal havia sido registrado na terceira semana de janeiro deste ano, de US$ 1,723bilhão.
Enquanto isso, as taxas futuras de juros devolveram todo o ganho registrado no fim da sexta-feira e aprofundaram o sinal de baixa no fim da tarde de ontem, com os agentes ainda se ajustando à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), de elevar a taxabásica Selic em apenas 0,25 ponto porcentual, para 7,50% ao ano, e à espera da ata desta última reunião. Vale destacar que aliquidezfoi bastante restrita, o que facilitou o movimento de queda. Na Pesquisa Focus do Banco Central divulgada ontem, a novidade ficou na redução da estimativa para o juro básico ao fim deste ano, de 8,50% para 8,25%, com os agentes também comprando a ideia de que as alatas da Selic serão graduais. O contrato de juro para julho de 2013 terminou na mínima de 7,395%, ante 7,41% na sexta-feira. A taxa para janeiro de 2014 fechou em 7,82%, de 7,87% antes.