A taxa de desemprego no Brasil em abril subiu ligeiramente para 5,8%, depois de ter ficado em 5,7% no mês anterior. Mesmo assim, a taxa é a menor para abril desde 2002, quando começou a série histórica do IBGE. A Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada ontem pelo IBGE, mostrou queda no rendimento médio real de 0,2% frente a março, chegando a 1.862,40. Em relação a abril de 2012, o salário continua subindo. Dessa vez, a valorização ficou em 1,6%.
Mesmo com o recuo frente a março, Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, diz que também houve alta quando se observa a média salarial nesses primeiros quatro meses do ano, frente à média do ano passado. De janeiro a abril de 2013, a média foi de R$ 1.861,54. Nos quatro primeiros meses de 2012, R$ 1.829,80, o que indica um rendimento 1,7% maior neste ano.
Hoje, há 1,414 milhão de pessoas desocupadas nas seis regiões metropolitanas englobadas na pesquisa (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio, São Paulo e Porto Alegre).
Geração de vagas perde força
O patamar do desemprego se mostra relativamente estável tanto frente a março, quando a taxa foi de 5,7%, quanto a abril do ano passado (6%) e próximo do que esperavam os analistas (5,6%). Nesse período do ano, porém, já se esperava um avanço mais forte do número de trabalhadores ocupados, em função dos estímulos econômicos lançados pelo governo federal.
- O mercado de trabalho ainda não deu uma arrancada em 2013. Não há um cenário de degradação, mas de expectativas - avaliou Azeredo.
Desde janeiro de 2011, a população ocupada crescia acima da expansão da população em idade ativa (de 10 anos ou mais), mas o cenário mudou a partir de abril. Este mês, a ocupação cresceu 0,9% frente ao mesmo mês de 2012, enquanto a população em idade de trabalhar avançou 1,1%:
- É um sinal de perda de força na geração de postos de trabalho: entra mais gente no mercado do que vagas são geradas. Pode ser uma situação momentânea, mas se se prolongar, vai aumentar o déficit de postos de trabalho.