O dólar encerrou em alta ontem pela quinta sessão consecutiva, mesmo com o anúncio de um leilão de swap cambial — que equivale a uma venda da moeda no mercado futuro — pelo Banco Central. Segundo operadores, o mercado continua enxergando tendência de alta da moeda norte-americana, influenciada pelo cenário externo conturbado, e também por avaliações de que os investidores poderiam estar novamente testando patamares do dólar que seriam aceitos pelo BC. O dólar subiu 0,31%, cotado a R$ 2,0724 na venda. Nessas últimas cinco sessões, a divisa norte-americana já subiu 2,21%.
Já o principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou estável com alta de 0,06%, aos 53.836,57 pontos, depois de um dia de forte queda, de 3%.
Em Wall Street, os principais índices acionários dos Estados Unidos também voltaram a fechar em alta. Serviram como contrapeso às perdas da véspera, dados sobre preços das moradias norte-americanas, e que sugeriram que a recuperação no mercado imobiliário está ganhando força.
Mais cedo, as ações europeias ficaram praticamente estáveis, perto de suas mínimas em uma semana, com o contrapeso de barganhas que passaram a se tornar atraentes aos investidores. O pedido de resgate do Chipre, o socorro a um banco italiano e a alta dos papéis espanhóis esfriaram o ânimo dos investidores.
Trazendo ainda mais incertezas à cúpula da UE, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, teria dito em reunião com os partidos de sua coalizão que a Europa não teria compartilhamento total da responsabilidade da dívida "enquanto eu viver". A informação partiu de fontes que participaram do evento político, e colocam mais sombras sobre a possibilidade de novas ações conjuntas serem decididas no evento continental ao mesmo tempo em que evidencia o isolamento de Merkel entre os líderes do bloco.
R$ 2,07
Fechamento da moeda norte-americana