Sinais aparentes de retomada na maior economia do mundo, os Estados Unidos, provocaram ontem uma onda de alta do dólar sobre as moedas de países emergentes, entre elas o real brasileiro. Após recuar durante dois dias seguidos, a divisa norte-americana voltou a subir na quarta-feira, encerrando o dia cotada a R$ 2,250 na venda, expansão de 1,27%. Nem mesmo uma nova intervenção do Banco Central (BC) no mercado de câmbio foi suficiente para reverter a tendência de elevação da moeda. Entre investidores, a avaliação é de que os novos dados sobre a recuperação econômica dos EUA sejam o pontapé para a reversão dos estímulos adotados pelo Federal Reserve (Fed, o banco central daquele país), o que, na prática, poderá desencadear um movimento de alta de juros mundo afora.
Ainda na manhã de ontem, a divulgação de que as vendas de casas novas nos EUA atingiram o maior volume desde maio de 2008, com alta de 8,3% em junho ante maio, levou nervosismo ao mercado. Em parte pessimistas, porque números positivos podem indicar a reversão da política do Fed, investidores passaram a retirar dinheiro das bolsas. O índice Dow Jones, de Nova York, fechou em baixa de 0,16%, acompanhado pela Bolsa de Valores de São Paulo, que registrou perdas de 0,91%. A queda se deveu a perdas com papéis do grupo X, do empresário Eike Batista. A maior perda foi registrada nos papéis da mineradora MMX , que despencaram 9,58%. Já as ações da telefônica Oi fecharam em alta de 7,16% e 4,63%, respectivamente, para os papéis ordinários (com direito a voto) preferenciais.