Entre 1991 e 2010, a taxa de crescimento do IDHM estadual foi de 46,53%. Pouco abaixo dos 47% registrados pela média nacional. No período, o Brasil saiu de um IDHM de 0,493 e alcançou 0,727.
Na última década, a expectativa de vida, com índice 0,835, foi o que mais contribuiu com o IDHM do Estado. Em 2000, a expectativa de vida do capixaba era de 71,6 anos, em 2010 estava em 75,1 anos.
Em seguida, aparece a renda, com um índice de 0,743. Há 14 anos, a renda per capita do capixaba estava em R$ 574,17; em 2010, ela chegou aos R$ 815,43. Importante destacar que o percentual de pobres caiu de 22,81% da população para 9,53%. O índice de Gini (quanto mais perto de zero menor a desigualdade) foi de 0,6 a 0,56.
Com relação à educação, houve avanços, mas num patamar ainda aquém do esperado. O IDHM Educação do Espírito Santo, em 2010, estava em 0,653, patamar considerado médio. O Estado conseguiu expandir a proporção de estudantes em todas as faixas etárias, mas, por exemplo, o percentual de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo, em 2010, ainda era considerado baixo: 44,93%.
Outro ponto que merece atenção diz respeito aos anos de estudo, que caiu na década passada no Estado. Trata-se do número de anos de estudo que uma criança que inicia a vida escolar no ano de referência deverá completar ao atingir a idade de 18 anos. Entre 2000 e 2010 uma queda no Espírito Santo: de 9,51 anos para 9,36 anos. No Brasil, passou de 8,76 anos para 9,54.
Em compensação, o percentual da população com ensino fundamental incompleto ou analfabeto caiu de 48,6% para 39,2%. O de superior completo foi de 5,6% para 11,1%.
Desigualdade no Brasil diminui em 10 anos
O Brasil está menos desigual. Resultados do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) em 16 regiões metropolitanas mostram que indicadores de saúde, educação e renda durante 2000 e 2010 melhoraram em todas as áreas analisadas.
Nesta nova edição, todas as regiões receberam pontuação suficiente para serem classificadas como de “alto desenvolvimento humano”. A maior velocidade no avanço foi registrada em regiões Norte e Nordeste. São Paulo é a região metropolitana com (IDHM) mais alto do país. Em um índice que vai de 0 (mínimo) a 1 (máximo), a região paulista alcançou a nota 0,794, seguido de perto pelo Distrito Federal, com 0,792, e por Curitiba, com 0,783.
Manaus, o pior colocado, registrou nota 0,720. Apesar de se encontrar na última colocação, a Região Metropolitana de Manaus foi a que apresentou no período maior crescimento: 0,135 ponto, ou 23% sobre o índice anterior.
A Região Metropolitana de São Luís também apresentou crescimento significativo: 0,113 ponto. “A desigualdade continua existindo, a boa notícia é que ela está em queda”, afirmou o ministro Marcelo Neri, da Secretaria de Assuntos Estratégicos.
O avanço na classificação das regiões é atribuído principalmente à educação. “Indicadores mostram que estamos avançando. Democracia, universalização e combate à pobreza dão resultado e isso se reflete no Atlas. É o principal resultado que se pode trazer”, disse o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marco Aurélio Costa.
Fonte: A Gazeta