Diante da dificuldade de enfrentar a maioria governista da Casa, senadores dos Estados mais prejudicados com a uniformização do alíquota do imposto - como Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás - sugeriram emenda que estabelecia um prazo de transição para implantação da nova lei. Na votação, porém, os senadores rejeitaram as propostas.
Aécio Neves (PSDB/MG) sugeriu prazo de transição de cinco anos para que os Estados se adaptassem à nova lei. O senador Luiz Henrique (PMDB/SC) sugeriu a aplicação da nova lei mediante transição de quatro anos. Mesmo com os insistentes pedidos dos senadores dos Estados prejudicados com a unificação da alíquotas, as emendas foram rejeitadas.
A prerrogativa de definir as alíquotas de ICMS é do Senado, portanto, o texto será encaminhado para promulgação no Diário Oficial da União, sem passar por análise da Câmara dos Deputados ou da Presidência da República.
Segundo as estimativas do governo do Espírito Santo, as perdas provocadas pelo fim do Fundap acarretarão prejuízo que pode chegar, já no ano que vem, a R$ 1 bilhão.
O projeto de resolução nº 72/2010, de autoria senador Romero Jucá (PMDB/RR), havia sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) foi aprovado com emenda substitutiva que estabeleceu uma alíquota de 4% sob as operações interestaduais com importados. O texto original estabelecia uma redução a zero.