A comitiva participou nesta quinta-feira (15) de um café da manhã na Rede Gazeta. Comandado pela embaixadora da União Europeia, Ana Paula Zacarias, o grupo permanece hoje na Capital, para encontros com o prefeito de Vitória, Luciano Rezende, na UVV e com movimentos de defesa dos direitos humanos.
A visita foi solicitada pela UE e faz parte de um trabalho de conhecimento das potencialidades do Estado. “Escolhemos o Espírito Santo porque ouvimos muito sobre a região e já temos muitos negócios com empresas locais. Todo ano fazemos esse tipo de visita em alguma região do país”, explica Ana Paula.
Ela informou que, em 2007, as trocas comerciais entre a UE e o Estado totalizaram 39,7 bilhões (R$ 121 bilhões) e, em 2013, chegaram a 41 bilhões de euros (R$ 125 bilhões).
Vínculo
Para ampliar esse vínculo, segundo o presidente do conselho da União Europeia no Brasil e embaixador da Grécia, Dimitri Alexandrakis, é preciso mais divulgação dos dois lados. “Mesmo sendo um dos menores do país, o Estado tem enorme potencial e é isso que queremos conhecer”.
Na comitiva estão embaixadores da Áustria, Bélgica, Chipre, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Portugal, Romênia, Eslováquia, Eslovênia e Espanha, Grécia e UE.
O grupo também esteve com o governador Renato Casagrande e com dirigentes da Findes.
Sobretaxa do café solúvel esfria vendas no exterior
Um dos entraves para a ampliação dos negócios entre a União Europeu e empresas capixabas é a sobretaxa que o café solúvel brasileiro recebe para ser vendido a países do bloco do velho continente. Essa foi uma das questões apresentadas à comitiva de 16 embaixadores europeus durante café da manhã na Rede Gazeta.
O presidente da Real Café, Sérgio Tristão, explica que a sobretaxa começou há 20 anos. Em 2000, passou para 9,2% e incidia somente depois de um certo volume. O objetivo era valorizar e estimular a agricultura da América Central e Colômbia, como forma de combater o narcotráfico.
Em 2005 a sobretaxa foi para 13,2%, e apenas no ano passado caiu para 7,5%, após negociação intensa. “É tão desestimulante para a indústria brasileira que, fora a Nestlé, havia oito indústrias de solúvel no Brasil. Hoje são quatro apenas, porque não vale a pena”, enfatiza Tristão. A exportação de solúvel brasileiro caiu de 800 mil toneladas, em 2005, para 550 mil toneladas no ano passado.
Fonte: Jornal A Gazeta