A Bolsa de Valores de São Paulo anunciou ontem a primeira mudança na metodologia do Ibovespa em 45 anos, num esforço para tornar o principal índice acionário brasileiro menos suscetível às oscilações bruscas e mais representativo do conjunto da economia do país.
As mudanças, que entram em vigor no começo de 2014, vieram a reboque de uma torrente de críticas contra os critérios de inclusão no índice da petroleira OGX, de Eike Batista, que caiu 90% este ano, e ainda assim aumentou seu peso na última revisão da carteira teórica, na virada do mês.
A alteração será feita em duas etapas, a primeira em janeiro, com uma combinação da metodologia vigente com a nova, que será adotada integralmente na segunda fase, em maio. O novo critério considera, além da liquidez, o valor de mercado das companhias em circulação no mercado para inclusão no índice.
O cálculo do índice de negociabilidade considerará um terço da participação no número de negócios e dois terços do volume financeiro da bolsa.
Com isso, o regulamento evitará situações como a da ação da OGX, que, embora tenha fechado a R$ 0,38 ontem, ocupa o posto de quarta mais importante do índice criado em 1968, que tem, como um dos principais critérios de inclusão na carteira, a liquidez.
A bolsa fechou em queda ontem, com perda de 0,76% e a 53.570 pontos.