A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou ontem em queda de 1,11%, aos 53.831 pontos, o menor patamar desde 11 de outubro. O resultado teve influência direta do mau humor dos mercados internacionais e também das dúvidas em relação à economia brasileira. Nenhuma das ações que compõem o índice Ibovespa fecharam o dia em alta. Na mínima, a Bolsa registrou 53.731 pontos (-1,30%) e, na máxima, 54.539 pontos (+0,19%). No mês, acumula perda de 0,78% e, no ano, de 11,68%. O giro financeiro totalizou R$ 8,807 bilhões.
O Estado de S. Paulo - 06/11/2013
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou ontem em queda de 1,11%, aos 53.831 pontos, o menor patamar desde 11 de outubro. O resultado teve influência direta do mau humor dos mercados internacionais e também das dúvidas em relação à economia brasileira. Nenhuma das ações que compõem o índice Ibovespa fecharam o dia em alta. Na mínima, a Bolsa registrou 53.731 pontos (-1,30%) e, na máxima, 54.539 pontos (+0,19%). No mês, acumula perda de 0,78% e, no ano, de 11,68%. O giro financeiro totalizou R$ 8,807 bilhões. O Globo - 06/11/2013
Dólar avança a R$ 2,289 e volta ao patamar de setembro. Juros futuros sobem São PAULO - Em um dia de aversão a risco no mercado internacional e de preocupação com a política fiscal brasileira, investidores venderam ações e compraram dólares. Na lista das 16 principais moedas do mundo acompanhadas pela Bloomberg, o real teve a maior desvalorização frente ao dólar, com queda de 1,92%. De outro lado, mesmo com uma intervenção do Banco Central no mercado futuro no valor de US$ 497,2 milhões — conforme o previsto no programa de injeções diárias — a moeda americana fechou na maior cotação desde 6 de setembro, a R$ 2,289, com valorização de 1,95%. — O quadro externo pessimista pesou sobre o dólar. Isso fez o investidor buscar a segurança do dólar — avalia João Medeiros, da corretora de câmbio Pionner. A Comissão Europeia reduziu ontem sua previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2014 para 1,1%. Investidores também estão atentos à divulgação do PIB dos EUA amanhã e a estatísticas do mercado de trabalho americano na sexta-feira. Estes dados podem influenciar a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) sobre os estímulos à economia. Parte do mercado acredita que a redução pode começar em dezembro. No cenário doméstico, com a piora do resultado fiscal, analistas já avaliam que o país pode perder a nota de grau de investimento das agências de classificação de risco. Relatório do Barclays afirma que isto pode ocorrer no começo de 2014. O governo saiu no contra-ataque para acalmar o mercado. O secretário do Tesouro, Amo Augustin, disse ao "Estado de S. Paulo" que a política fiscal está sob ataque especulativo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ao ""Valor Econômico" que o governo começa a retirar os estímulos à economia. Na segunda-feira, O GLOBO mostrou que a Lei de Responsabilidade Fiscal sofreu seis ataques nos últimos 13 anos. "A perda do grau de investimento poderia precipitar a saída abrupta de recursos aqui alocados. E isto passa pela apreciação do câmbio" escreveu em relatório o sócio da corretora NGO, Sidnei Nehme, que aponta uma taxa de câmbio próxima de R$ 2,25 como mais compatível com os fundamentos da economia. I No mercado de juros futuros, os contratos de Depósito Interfi-nanceiro (DIs) com vencimento em janeiro de 2015 subiram de 10,62% para 10,71%. Os que ven- cem em janeiro de 2017 saltaram de 11,65% para 11,86%. — Os juros futuros subiram com a expectativa de que o país precisará de política monetária mais restritiva diante de uma política fiscal expansionista — diz o economista Silvio Campos Netò, da consultoria Tendências. Na Bolsa, o Ibovespa, índice de referência do mercado, fechou em baixa de 1,11%, aos 53.831 pontos. As ações da Vale, que divulga resultados hoje, recuaram 0,73%, a R$ 33,98. Os papéis preferenciais da Petrobras subiram 0,14%, a R$ 20,26, com a expectativa de alta de combustíveis. O Globo - 05/11/2013
A política do governo de controlar os preços da gasolina fez o consumo de etanol despencar no país. Entre 2009 e 2012, o consumo do álcool hidratado de cana-de-açúcar caiu 40%, de 16,5 bilhões de litros para 10 bilhões de litros, enquanto o da gasolina cresceu de 25,4 bilhões de litros para 40 bilhões de litros. - O produtor não tem estímulo para produzir com rentabilidade, mas o que mais incomoda é essa falta de previsibilidade nos preços—diz Antoniode Pádua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Segundo ele, com a política de represamento de preços da gasolina para conterá inflação, entre 2006 e 2013 a gasolina foi reajustada na bomba em apenas 12%. — Nesse período, a inflação subiu e caiu, houve valorização e desvalorização do real e o cenário do mercado de combustíveis, graças ao governo, não mudou—criticou Pádua. A decisão do governo de criar regras mais claras para os reajustes da gasolina, avalia o executivo, é um começo, já que trará previsibilidade para os produtores de etanol. Mas não resolve os problemas criados depois de todos esses anos de incentivos à gasolina, como a paralisação dos investimentos e o fechamento de muitas usinas. —Os preços da gasolina, ao contrário dos de etanol, não acompanharam as regras de mercado —diz, lembrando que o preço do etanol tem um teto atrelado a 70% do valor pago pela gasolina, já que o consumo dos motores flex é 30% maior que o do combustível fóssil. Pádua reconhece, no entanto, que bem recentemente houve avanços na política do governo com o setor e cita a desoneração do PIS/Cofins para o etanol, em abril, o aumento do percentual de mistura na gasolina e a alta do dólar, que remunera melhor os produtores nas exportações tanto do etanol como do açúcar. As medidas, embora positivas, diz ele, são ainda insuficientes para trazer de volta a competitividade à produção do combustível no país. Hoje, apenas nos estados de Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo o preço do etanol está competitivo em relação ao preço da gasolina. Por isso, além de regras claras, Pádua defende uma política de incentivos para as montadoras aumentarem a eficiência dos motores. —Só assim o etanol pode ficar mais viável para o produtor e para o consumidor. Corecon - ES
Alexandre Ottoni Teatini Salles, Gilson Domingues Cardoso e Thiago de Faria Dias foram escolhidos pelos economistas associados ao Corecon-ES para compor o Terço de conselheiros efetivos da Autarquia, e Ricardo da Silveira Paixão, Erika de Andrade Silva Leal e Juliano Cesar Gomes para o de conselheiros suplentes, em eleição realizada em 30 de outubro. Eles compuseram a Chapa Renovar e ficarão à frente do cargo no triênio 2014/2016. Também nessa eleição foram designadas Josiane Gonçalves Silva Tavares e Erika de Andrade Silva Leal, também da Chapa Renovar, como Delegada Eleitora Efetiva e Delegada Suplente, respectivamente, para o Colégio Eleitoral do Conselho Federal de Economia (Cofecon). Corecon-ES - 01/11/2013
O Espírito Santo foi um dos destaques no Fórum Interestadual de Regularidade, que reuniu profissionais de governos estaduais do País, em 17 e 18 de outubro, em Porto Alegre (RS). O economista e consultor do Tesouro estadual, Eduardo Reis Araujo, apresentou o modelo de gestão que permitiu alcance de 100% na regularidade dos órgãos e entidades da administração pública estadual capixaba no Serviço Auxiliar de Informações para Transferência Voluntárias, conhecido como CAUC. Essa foi a quarta edição do Fórum, que vem atraindo crescente interesse de gestores públicos, por apresentar controles mais eficientes para o cumprimento de exigências legais que permitam acesso aos recursos da União, tidos como fontes de financiamento de baixo custo financeiro. O Estado de S. Paulo - 01/11/2013
Em conjunto, Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central têm de economizar R$ 46 bilhões no último trimestre para cumprir meta Após anunciar o resultado surpreendentemente negativo das contas públicas de setembro, o Banco Central admitiu ontem que a situação fiscal brasileira se deteriorou. "O quadro fiscal é desafiador, não há dúvida", afirmou o chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Tulio Maciel. Ele se referia ao resultado das contas na esfera federal Embora a meta do governo central, conjunto formado pelo Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central, seja economizar R$ 73 bilhões este ano, o desempenho de janeiro a setembro está bem abaixo disso. Será preciso garantir um superávit de R$ 46,1 bilhões nos próximos meses, valor muito acima dos R$ 26,6 bilhões obtidos por enquanto. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeu cumprir essa meta "a todo custo". Maciel só reconheceu que o governo está diante de um desafio depois de ter sido muito pressionado pela imprensa. No início da entrevista, o técnico do Banco Central tentou reproduzir o otimismo com as contas públicas que havia sido mostrado mais cedo pelo secretário do Tesouro Nacional, Amo Augustin, e afirmou que a meta será cumprida. Questionamento. Augustin havia divulgado o resultado das contas do governo central e, por causa do mau resultado, foi muito questionado sobre a possibilidade de descumprimento da meta fiscal de 2013. "Respeito muito posições e críticas, mas achamos que vai dar para cumprir a meta", disse Maciel. O chefe do Depec citou as afirmações de Augustin e observou que o Tesouro tem melhores condições que o Banco Central de fazer prognósticos, pois é fonte primária dos dados das contas públicas. Porém, o chefe do Departamento Econômico acabou se atrapalhando para apresentar o ponto de vista da instituição sobre o rumo do cumprimento da meta fiscal. Ele afirmou que o saldo acu-I mulado nas contas do setor público nos 12 meses até setembro "não está muito distinto" do observado nos 12 meses até agosto. Ocorre que o dado para setembro é 1,58% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o de agosto foi de 1,8296 do PIB. Maciel disse também que a tendência é o resultado primário em 12 meses subir daqui para o final do ano, para algo semelhante aos 1,82% registrados até agosto. Porém, a meta fixada para dezembro é 2,3%. Questionado se o governo já contava com um resultado abaixo da meta para 2013, ele afirmou que o resultado de setembro, apesar de negativo, não muda a perspectiva do BC para o cenário fiscal. "Em termos de dinâmica, o resultado para este ano não afeta a perspectiva de neutralidade no horizonte relevante", considerou. O Globo - 01/11/2013
No ano, economia para pagar juros somou R$ 44,9 bilhões, queda de 41% -Brasília- O setor público consolidado — União, estados, municípios e empresas estatais — registrou em setembro déficit fiscal primário recorde de R$ 9,048 bilhões contra um superávit de R$ 1,591 bilhão no mesmo período de 2012. Foi o pior resultado para o mês da série do Banco Central (BC), iniciada em dezembro de 2001. No ano, o setor público consolidado economizou R$ 44,965 bilhões para pagar juros da dívida, queda de 41% em relação ao acumulado entre janeiro e setembro do ano passado, quando a poupança chegou a R$ 75,816 bilhões. O resultado negativo foi influenciado, principalmente, pelo aumento de gastos do chamado governo central (Tesouro, BC e Previdência Social), que também registrou déficit recorde, de R$ 10,760 bilhões (pelo critério usado pelo BC). Estados e municípios tiveram superávit de R$ 1,750 bilhão. O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, explicou que o resultado foi afetado por fatores pontuais, como a antecipação da primeira parcela do 13º salário aos aposentados e pensionistas do INSS, afetada pelo aumento do salário mínimo de 9% neste ano, e a redução de receitas com dividendos da ordem de R$ 1,7 bilhão. Ele destacou também o efeito das desonerações (de R$ 58 bilhões) ao longo de 2013. Maciel admitiu que o quadro fiscal é "desafiador" e que o cumprimento da meta, já ajustada, para o superávit primário neste ano, de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de produtos e serviços produzidos no período no país) — equivalente a uma economia de R$ 110,9 bilhões — dependerá de receitas extraordinárias. — Muito do desempenho fiscal vai depender das receitas extraordinárias até o final do ano, das receitas de Libra (campo de petróleo que foi a leilão), do Refis (programa de refinanciamento de débitos fiscais), além dos dividendos (das estatais). As receitas dos estados e municípios vêm melhorando gradualmente. A expectativa é positiva para o alcance da meta — disse Maciel. Nos últimos 12 meses encerrados em setembro, o superávit fiscal acumulado ficou em R$ 74,1 bilhões, o que equivale a 1,58% do PIB. É o menor resultado para um período de 12 meses desde novembro de 2069 (1,33% do PIB). Em agosto dêste ano, o acumulado em 12 meses correspondia a 1,82% do PIB. Com a queda na economia para abater juros e uma apreciação cambial de 6%, a dívida líquida do setor público alcançou R$1,635 trilhão no I mês passado, chegando a 35% do PIB. Isso corresponde a um aumento no estoqúe da dívida de R$ 45,5 bilhões em relação a agosto. Já a dívida bruta alcançou 58,8% do PIB, com alta de 0,3 ponto percentual. No ano, as despesas com juros atingiram R$ 177,206 bilhões, mais 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado. É o gasto mais elevado para o período desde 2011. Em setembro, as despesas com juros caíram em relação a agosto, de R$ 21,871 bilhões para R$ 13,848 bilhões, devido principalmente aos ganhos com operações de swaps do BC. GOVERNO CENTRAL TEM MAIOR DÉFICIT DESDE 1997 O governo central registrou déficit de R$ 10,5 bilhões em setembro, pelo critério do Tesouro Nacional, no pior resultado desde o início da série j histórica, em 1997. Em agosto, a economia para o pagamento de juros havia sido de R$ 99,5 milhões. O déficit de R$ 11,8 bilhões da Previdência foi o grande responsável pelo rombo nas contas. O BC contribuiu com um saldo negativo de R$ 31 milhões, enquanto o Tesouro entrou com um superávit de R$ 1,3 bilhão, segundo relatório divulgado ontem pelo Ministério da Fazenda. No acumulado do ano até setembro, o superávit primário chega a R$ 27,9 bilhões, ante R$ 54,8 bilhões no mesmo período de 2012. Nos últimosdoze meses, o saldo corresponde a 0,80% do PIB, ou R$ 61,4 bilhões, distante da meta de 1,3% do PIB do governo central para 2013, ou R$ 73 bilhões. Segundo comunicado da Fazenda, o déficit contabilizado no mês passado reflete a "sazonalidade dos gastos previdenciários" com o pagamento da segunda parcela de gratificação natalina à maioria dos segurados e dependentes. As receitas do governo central diminuíram 2,6%, passando de R$ 89,3 bilhões em agosto para R$ 87 bilhões em setembro. As despesas aumentaram 14%, com destaque para o crescimento de R$ 6,2 bilhões nos gastos da Previdência e de R$ 4 bilhões nos do Tesouro Nacional. Apesar de o superávit acumulado em doze meses estar em R$ 61,4 bilhões, ou 0,8% do PIB, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, disse que a meta do governo central, de R$ 73 bilhões (1,3% do PIB), será cumprida com o ingresso de receitas extraordinárias até o fim do ano, por meio do Refis e com os R$ 15 bilhões do leilãodo campo de Libra. Augustin disse que o mês de setembro trouxe algumas especificidades. Citou os pagamentos de R$ 1,5 bilhão de auxílio financeiro aos municípios; de R$ 2,05 bilhões como contribuição ao sistema elétrico, por causa da seca; o menor número de meses, em relação ao ano passado, para o repasse de abono salarial; e o 13º salário da Previdência. — Há uma tendência de melhora em função do crescimento econômico. Além disso, teremos no Refis receitas extraordinárias que praticamente não existiram em 2012 e 2013. Nossas expectativas são favoráveis — disse. Os investimentos somaram R$ 46,5 bilhões de janeiro a setembro deste ano, um aumento de 2,9% em relação aos nove primeiros meses de 2012 (R$ 45,2 bilhões). Já as despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) atingiram R$ 31,9 bilhões, alta de 7,5% sobre o período anterior de comparação. O Estado de S. Paulo - 01/11/2013
Bovespa fica no topo da lista com alta de 3,67% em outubro; ação da empresa de Eike deixou o índice da bolsa ontem Nem a queda vertiginosa das ações da OGX tirou o brilho da bolsa em outubro. O índice Bovespa fechou o mês liderando o ranking de investimentos com alta de 3,67% e a boa notícia é que, a partir de novembro, os papéis da petroleira de Eike Batista, que roubaram os ganhos da bolsa neste ano, deixarão de influenciar o índice. Para se ter uma ideia de como a OGX afetou a Bovespa, o índice caiu 11% neste ano. Sem a empresa, teria caído 1%. "Há dois meses, quando o índice mudou, pedimos à bolsa para retirar o papel", diz o diretor de renda variável da Bradesco Asset Management (Bram), Herculano Alves. "Se tivesse saído antes, muitos fundos não teriam sido afetados neste período." Apesar de o grupo técnico da bolsa ter aconselhado a retirada, o conselho decidiu manter o papel, que agora sai do índice por causa do pedido de recuperação judicial protocolado na Justiça do Rio nesta semana. "O papel tinha muito peso e estava sendo influenciado pelo fluxo de más notícias em relação à própria companhia", diz Frederico Sampaio, da administradora de recursos Franklin Templeton. "Agora, a bolsa vai refletir mais os fundamentos." Boas notícias. A alta da bolsa em outubro foi influenciada por boas notícias que influenciaram vários papéis. Uma das principais foi o anúncio da Pe-trobrás de que pretende adotar uma fórmula de reajuste automático dos combustíveis. "Os investidores entenderam que a empresa deixará de ser influenciada pela política monetária ou tentativa de controle da inflação do governo", diz Sampaio. Além disso, os papéis dos bancos foram destaque pelos bons resultados financeiros divulgados, principalmente pelo Itaú Unibanco, no mês que passou. Mas também o Banco do Brasil foi destaque com a expectativa dos investidores de que o banco abra o capital de seu negócio de cartões nos moldes do que fez com a BB Seguridade, e que proporcionou resultado excepcional no balanço do banco. Pelo lado negativo, Alves lembra que as construtoras tiveram resultados reportados abaixo da expectativa, o que acabou influenciando esses papéis. Outro bom investimento do mês de outubro foi o ouro, que subiu 1,06% mas ainda é considerado uma opção conservadora para diversificar investimentos, da mesma forma que os fundos cambiais. Algumas gestoras de recursos acreditam que o dólar vá subir neste mês de novembro. Até o dia 30, a moeda americana tinha uma leve queda em relação ao real, mas o movimento se inverteu e acabou fazendo com que o mês fechasse com o dólar em alta de 0,68%, cotado a R$ 2,23. Um dos motivos foi o fato de o Banco Central ter confirmado ontem que não vai rolar um terço dos contratos de swap (usados para vender dólar no mercado) que vencem hoje. O consultor de investimentos Fábio Colombo lembra que o mês foi marcado ainda pela decisão do Comitê de Política Monetária de aumentar os juros básicos da economia para 9,5% ao ano. Os fundos atrelados ao Dl tiveram rendimento médio de 0,64%. De acordo com Colombo, esses fundos têm seu rendimento real bruto inferior à taxa Selic em torno de um a dois pontos, a depender da taxa de administração. Para novembro, a expectativa é que os mercados sejam influenciados sobre o continuado debate em torno da rétirada dos estímulos americanos à sua economia e ainda sobre os dados de PIB e da indústria. O Estado de S. Paulo - 31/10/2013
Após sustentar leves ganhos durante a tarde de ontem, o dólar acelerou a alta ante o real após a divulgação do comunicado de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na reta finai dos negócios. O fortalecimento do dólar ocorreu em todo o mundo, com os investidores avaliando que o Fed manteve sobre a mesa a possibilidade de iniciar, em dezembro, a redução de seus estímulos à economia. Com isso, o dólar à vista negociado no balcão terminou a sessão em alta de 0,64% ante o real, a R$ 2,1950. O que disparou a busca pela moeda americana foi o fato de o Fed ter eliminado, no documento divulgado após a reunião de política monetária, a referência ao aperto das condições financeiras. Anteriormente, o Fed havia citado um aperto das condições, em um cenário de alta das taxas dos Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA). Agora, sem esta referência, a instituição parece enxergar um cenário mais positivo. Isso mantém a possibilidade de o Fed começar, ainda em 2013, a redução de seus estímulos econômicos - o que se traduziria em menos dólares no sistema financeiro e, portanto, pressão de alta para a moeda americana. Após o comunicado do Fed, as taxas dos Treasuries, que vinham em queda, passaram a subir e as bolsas de Nova York aprofundaram um pouco suas perdas. O índice Dow Jones termine com baixa de 0,39%, aos 15.618,76, pontos, o S&P 500 cedeu 0,49%, para 1,763,31 pontos, e o Nasdaq caiu 0,55%, a 3.930,62 pontos. A Bovespa, que já oscilava em baixa, também acelerou a queda após o Fed e chegou a flertar com os 53 mil pontos. Certa desaceleração das perdas foi percebida posteriormente quando, nos minutos finais do pregão, a OGX entrou com seu pedido de recuperação judicial. As ações da companhia, que já desabavam, terminaram o dia com baixa de 26,09%, levando o Ibovespa a cair 0,67%, aos 54.172,82 pontos. Petrobrás ON subiu 0,48% e Petrobrás PN teve alta de 1,27%. No caso da Vale, o papel ON cedeu 0,34% e o PNA avançou 0,37%. Com a virada para cima das taxas dos Treasuries e a aceleração dos ganhos do dólar, as taxas dos contratos futuros de juros também mudaram de direção. Após caírem devido à inflação mais fraca registrada pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) em outubro, as taxas passaram a mostrar pequenos ganhos com o Fed, reforçando as projeções de que podem haver mais duas elevações consecutivas de 0,50 ponto porcentual da Selic (a taxa básica de juros da economia), em novembro e janeiro. Atualmente, a Selic está em 9,50% ao ano. Ontem, a taxa do contrato futuro de juros para janeiro de 2017 ficou em 11,33%, ante 11,31% de terça-feira. O Estado de S. Paulo - 28/10/2013
Sem acesso a produto importado de ponta, empresas nacionais perdem competitividade na exportação de produtos de maior valor agregado O Brasil tem hoje a maior tarifa de importação sobre produtos industrializados entre as economias do G-20 e está fora das grandes cadeias globais. Isso é o que revela um levantamento publicado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), cujos números apontam ser o Brasil hoje um mero abastecedor de linhas de produção que, em outros mercados, darão maior valor agregado a produtos. Os dados mostram que o governo brasileiro usou a última década para promover uma importante elevação nas tarifas de importação. Em 2004, a média aplicada sobre produtos entrando no País era de 10,4%. Em 2008, essa tarifa passou a 11,5%. Hoje, ela chega a 13,5%. Se apenas os produtos industrializados forem calculados, na média, ela sobe para 14,1%, a maior entre todas as economias do G-20. O governo brasileiro insiste que tem o direito de aplicar essas tarifas. Isso porque, nos anos 90, se comprometeu na OMC a manter suas tarifas abaixo de 35%. O governo também alega que os países ricos não têm do que se queixar, já que as importações têm sofrido forte elevações nos últimos anos. De fato, a OMC constata que o Brasil seria um dos principais importadores do mundo, com aumento médio de 17% ao ano entre 2005 e 2012. Só a China aumentou em 33% a cada ano suas vendas ao Brasil desde 2005. Ainda assim, especialistas apontam que o comportamento protecionista brasileiro pode estar tendo um impacto na produção nacional e afetando até mesmo as exportações. Isso porque as barreiras estariam impedindo que multinacionais optem por escolher o País como base de exportações de alto valor agregado que necessitem de insumos vindos de fora. As tarifas ainda estariam dificultando o acesso de empresas nacionais a produtos de ponta, prejudicando sua competitividade para depois exportar produtos de maior valor agregado. De tudo que se vende do Brasil ao mundo hoje, 88% é de fabricação inteiramente nacional. A taxa é uma das mais altas do mundo e só é superada por Brunei e por Arábia Saudita, com mais de 90%. A taxa brasileira ainda está bem acima dos 75% da média mundial. Se aparentemente o índice brasileiro poderia ser considerado algo como positivo e uma prova da capacidade da indústria nacional, na economia globalizada atual o dado é visto por especialistas como um sinal do fracasso da política comercial do País para se inserir de forma competitiva no mundo e de ser o ponto final da produção de bens de alto valor. Os dados mostram que, no fundo, o Brasil se transformou nos últimos anos em mero abastecedor de cadeias produtivas estrangeiras que, em algum lugar do mundo, montarão produtos finais com alto valor agregado. Hoje, o Brasil é o 1oo.° maior exportador de bens intermediários. Dos US$ 242 bilhões vendidos em 2012, US$ 168 bilhões serviram para fornecer outros países na construção de um produto final, e de maior valor. De cada dez reais exportados, sete servem para abastecer uma linha de produção que adicionará valor ao produto final. Os dados também mostram que a participação do Brasil no mercado global no setor industrializado é insignificante. O País, por exemplo, representa 0,3% do abastecimento de bens manufaturados da Europa. Entre 2005 e 2012, as vendas aumentaram apenas 2% ao ano. No mercado americano, os produtos brasileiros perdem espaço para a China. Hoje, bens industrializados do Brasil atendem a apenas 0,9% das importações dos EUA e, nos últimos sete anos, o país viveu uma queda de 2% ao ano. Em 1953, o Brasil tinha 1,4% do mercado mundial. Hoje, tem 1,3%, incluindo agricultura e minérios. De fora. Uma história bem diferente aparece entre os importados. O fluxo de bens ao País dobrou em dez anos. Em 2000, o País consumia 0,7% de tudo o que se importava. Hoje, essa taxa é de 1,3% e os dados mostram um déficit cada vez maior em setores estratégicos da nova economia. O problema é que essa alta não vem no abastecimento de indústrias, mas principalmente em bens de consumo. No setor de telecomunicações, o Brasil triplicou suas importações em dez anos, para um total de US$ 9 bilhões. A elevação só foi superada por sauditas e pela economia de Cingapura. Hoje, o Brasil é o 12o.° maior importador do mundo em produtos de tecnologia. Já as exportações desse setor seguiram um caminho inverso. As vendas nacionais são hoje metade do que eram em 2000 e representam apenas 0,3% das exportações brasileiras, taxa que só perde para a economia saudita. |
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May 2016
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