O Índice Bovespa (Ibovespa) bem que tentou, na semana passada, ultrapassar o suporte - patamar em que um movimento de baixa pode perder força - dos 56 mil pontos. Na quinta-feira, o indicador rompeu este nível e chegou a flertar, durante a maior parte do pregão, com a possibilidade de rumar para o forte piso de 55.100 pontos. Entretanto, a tendência se reverteu na sexta-feira, quando voltou a subir e fechou com valorização de 0,97%, aos 56.697 pontos.
O Ibovespa começa esta semana em pleno movimento de repique, quando a pontuação sobe após respeitar um suporte. Os analistas técnicos Marcello Rossi e Fábio Perina, da Itaú Corretora, apontam em relatório que a alta de curtíssimo prazo terá como resistências imediatas - níveis nos quais o indicador perde força e pode voltar a cair - os 56.800 pontos e, depois, os 57.600. "Quando ultrapassar esta [os 57.600 pontos], o índice abrirá espaço para iniciar movimento de recuperação em busca dos 58.100 e 58.800 pontos", dizem.
O analista técnico da CGD Securities, Eduardo Collor, afirma que os gráficos mostram sinais de um movimento de alta ainda mais consistente. Segundo ele, pela "Teoria da Simetria", o Ibovespa pode voltar a alcançar, em dois meses, o topo anterior, ou seja, os 62.300 pontos.
"A Teoria da Simetria diz que, após uma queda acentuada, o índice tende a voltar ao patamar em que estava. Mas esse retorno acontece de maneira mais suave", afirma Collor. Em um primeiro movimento, o indicador subiria até a metade do caminho que fez para cair. Significa que a alta encontraria uma resistência mais forte aos 59 mil pontos. Depois, ao tocar este patamar, recuaria um pouco para avançar de novo com mais força. "A última subida levaria aos 62.300 pontos, que foi a máxima alcançada em janeiro."
Em caso de retomada de baixa, o Ibovespa pode rumar para os 55.100 pontos. E, se perder este referencial, "encontrará próximo importante suporte em 52.200 pontos, que foi a mínima em 2012", dizem Rossi e Perina, da Itaú Corretora.
Entre os papéis, Collor, da CGD, destaca a preferencial (PN, sem voto) da companhia aérea Gol. Para ele, a ação encerrou a sexta-feira em uma alta de "50% do Fibonacci", aos R$ 12,80, com valorização de 3,73%. Nesse tipo de gráfico, a cotação se movimenta em zigue-zague para cima, ao alternar subidas e descidas. Assim, a Gol PN agora "tende a cair um pouco no início da semana para retomar a subida nesse zigue-zague". O ponto de compra ocorre após os R$ 12,80 de sexta-feira. O objetivo se situa em R$ 13,66, e o "stop loss" - nível máximo de perda - em R$ 12,54.